Vulcanismo pode explicar presença de fosfina na atmosfera de Vênus, dizem cientistas
Pesquisadores americanos precisaram de uma semana para propor explicação
Foto: Reprodução/Canaltech
Uma dupla de pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, precisou de apenas uma semana para propor um modo de explicar a presença do gás fosfina na alta atmosfera de Vênus sem evocar a presença de vida. Para Ngoc Truong e Jonathan Lunine, a detecção pode não significar que o planeta possui micróbios, mas que seja um planeta geologicamente vivo, ou seja, repleto de atividade vulcânica.
De acordo com eles, isso poderia ser um sinal de vida na alta atmosfera de Vênus, uma vez que esse gás, na Terra, é produzido rotineiramente por seres vivos. O grupo testou diversas hipóteses alternativas, sem envolver vida, e não encontrou outro meio de explicar a presença do gás detectada de forma mais ou menos constante, em testes realizados em 2017 no Havaí e em 2019 no Chile.
A dupla levanta a possibilidade de que a fosfina seja integrada pela interação de fosfetos ejetados do interior do planeta por erupções vulcânicas com hidrogênio da água e do ácido sulfúrico na atmosfera. Os pesquisadores modelaram a quantidade necessária para gerar a fosfina na alta atmosfera, estimada numa proporção de 20 partes por bilhão, e constataram que seria possível chegar a algo assim se Vênus produzisse 93 milhões cúbicos de lava por ano.