Wassef revelou em depoimento que Wajngarten pediu recompra de rolex nos EUA
Contrariando as informações prestadas por Wassef, fontes da PF apontam que o depoimento do advogado pode conter falsas declarações
Foto: Reprodução/Globo News
No desenrolar das investigações, o advogado Frederick Wassef revelou em depoimento à Polícia Federal que Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência e atual assessor de Jair Bolsonaro, foi quem solicitou a recompra do Rolex dado ao ex-presidente durante uma viagem oficial nos Estados Unidos. Em resposta, Wajngarten negou as informações.
Contrariando as informações prestadas por Wassef, fontes da PF apontam que o depoimento do advogado pode conter falsas declarações. Os investigadores possuem indícios de que Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria sido o responsável pela negociação e enviado Wassef aos EUA.
O episódio envolveu a recompra de um relógio Rolex, presente de autoridades sauditas a Bolsonaro em 2019, durante uma viagem oficial. O Tribunal de Contas da União (TCU) considerou que o presente não pertencia ao ex-presidente, mas à União. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, realizou a transação dos Rolex e outro relógio Patek Philippe por US$ 68 mil.
A transferência desse montante foi depositada em uma conta vinculada a Cid, relacionado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), equivalendo a R$ 346.983,60 na data do pagamento. O "Kit Ouro Branco", composto por joias, incluindo o Rolex, foi recuperado por Wassef em março de 2023, enquanto Cid completou a recuperação em uma viagem aos EUA em março.