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Rainha Elizabeth morre 'pacificamente' em Balmoral, na Escócia, aos 96 anos

Monarca costumava descansar e passar férias de verão no local onde morreu

Por Da Redação
Ás

Rainha Elizabeth morre 'pacificamente' em Balmoral, na Escócia, aos 96 anos

Foto: Reprodução/Twitter/Família Real

A rainha Elizabeth II, de 96 anos, morreu na tarde desta quinta-feira (8). Mais cedo, a convocação de toda a família real britânica para ir ao Palácio de Balmoral, na Escócia, já havia impulsionado um tom de maior gravidade sobre o estado de saúde da monarca. No local, ela estava sob supervisão médica.

Balmoral é um lugar especial para a família real. Adquirido pela rainha Vitória em 1852, o castelo é desde então a residência particular da rainha e de sua família na Escócia. Eles  costumam passar o verão no local, que abre ao público entre abril e julho, momento em que os turistas podem visitar o salão de baile e os diversos jardins do castelo, que conta com parques e bosques, jardins aquáticos e até uma horta. Neste ano, a monarca chegou a Balmoral no dia 21 de julho para passar as férias e, na última terça-feira (6), recebeu a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.

Balmoral foi escolhido para ser o local de morte da rainha justamente por conta de seu valor para a família real. A morte da rainha foi anunciada pelos canais oficiais: "A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã", informou a Casa Real britânica no Twitter.

Os quatro filhos da rainha, Charles, Anne, Andrew e Edward, e seu neto, o príncipe William, estão presentes no castelo de Balmoral. O reinado de 70 anos faz de Elizabeth a rainha britânica mais longeva da história. Com a morte da monarca, seu filho mais velho, o agora rei Charles, assume o trono do Reino Unido e de outros 14 países que têm o monarca britânico como chefe de Estado, como Austrália e Canadá. 

História

Elizabeth Alexandra Mary nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ela era filha de Albert Frederick Arthur George, o duque de York, e de Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Durante o nascimento de Elizabeth, o rei do Reino Unido era Jorge V, e seu pai, o duque de York, era o segundo na linha de sucessão ao trono inglês.

Elizabeth virou herdeira direta do trono quando seu tio, Eduardo VIII, abdicou do trono para casar-se com uma norte-americana divorciada chamada Wallis Simpson. Elizabeth assumiu o trono real britânico em 1952. Ela casou-se com o príncipe Philip, em 1947. Os dois mantiveram um casamento que durou 73 anos e tiveram quatro filhos, oito netos e 10 bisnetos. O matrimônio aconteceu depois que Philip renunciou aos seus outros títulos e se converteu ao anglicanismo. Apesar das polêmicas e especulações que sempre envolveram o casal real, o Príncipe esteve ao lado da rainha durante toda a vida.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conhecida por ser discreta e rigorosa com na preservação da realeza, a rainha enfrentou alguns momentos difíceis. Além da perda do duque de Edimburgo, viu o filho favorito, o príncipe Andrew, de 62, envolvido em um escândalo sexual. Acusado de manter relações sexuais com uma adolescente de 17 anos em 2001, a quem teria apresentado pelo pedófilo Jeffrey Epstein, Andrew fez uma acordo financeiro com ela para o caso não ir adiante como processo criminoso e foi afastado das funções na Família Real.

A monarca também viu o príncipe Harry, filho mais novo de Charles e da princesa Diana, que morreu em 1997, deixar a realeza com a mulher, Meghan Markle. O casal, bastante atacado pelos tabloides britânicos, se mudou para os Estados Unidos, onde está criando os filhos, e já deu várias entrevistas sobre a vida na Família Real, inclusive acusando um de seus membros de racismo.

No entanto, essas duas crises não foram as primeiras no longuíssimo reinado de Elizabeth II. Ela sofreu com os rumores nunca confirmados sobre os problemas em seu casamento com Philip e os escândalos envolvendo a irmã, a princesa Margareth, nos anos 60 e 70. Além disso, ela também precisou lidar com o conturbado casamento de Charles e Diana, marcado pela traição do futuro rei com Camilla Parker-Bowles, que virou manchete dos jornais e foi explorado em detalhes em um livro sobre o sofrimento da princesa no casamento conto de fadas.

Com quatro filhos, a rainha viu nações que faziam parte do Império Britânico, se tornarem independentes. Raramente se manifestava sobre acontecimentos mundiais, mas criticou algumas decisões dos primeiros-ministros aos quais sobreviveu e movimentos políticos que testemunhou.

Visitou vítimas dos atentados terrorista em Londres em 2005 e do show da cantora Ariana Grande em 2017. Ao longo de décadas de vida pública, Elizabeth II foi patrona de centenas de instituições de caridade, com os mais diversos fins, tendo uma agenda cheia de compromissos oficiais. 
 

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