Honestamente, a questão não é o nome, a pessoa em si que estará representando o povo brasileiro nos bastidores das decisões que, muitas vezes, só são para eles e os seus; a questão não é, ao meu ver, as fantasias, ilusões em que as pessoas se apegam para gerar um certo conforto aos seus inquietantes conceitos; a questão não é pertencer a grupos, muito menos de rechaçar grupos. A questão, no meu sentir, é de pensar um povo, pensar gente, humanidade. A mim não importa quem o pense (o povo), mas o que precisa fazer para ele (o povo) se sentir também em sua nação. O medo que guardo não é de lugar algum virar comunista. Tolice, isso aí não existe mais no século XXI como forma de regime, o que há são ditaduras, dessas eu tenho medo, sejam quais forem as suas posições ideológicas, que atemorizam; que recusam um prato de comida a quem pensa seu voto diferentemente de quem o está oferecendo; a quem sugere o desemprego sem dó, a quem não vota como quer o empregador...
A minha questão não é maniqueísta, no sentido de quem é o bom ou mau, por conceito e ou conveniência de difamação. Não. A minha questão é de quem busca a humanidade no outro e o ajuda a se soerguer nas suas dificuldades, não com verniz de ser “bonzinho”, “bonzinha”, mas de realmente entender o sentido real de país, de gente, pois li faz pouco “quem tem apenas aspirações individuais jamais entenderá uma luta coletiva”. Talvez tiraria luta para não soar armamento, mesmo sendo metáfora de resiliência, mas colocaria no lugar de uma luta – conquistas coletivas.
A questão não é de cor que representa conceitos: amarelo, vermelho, rosa, azul...é de mescla, na compreensão de que as cores se comunicam e se combinam no uso da vontade e aceitação apenas no gosto estético. A questão é de aceitação dos que se autodeterminam em suas vidas como se percebem melhor e ajustados, seja migrando para este ou aquele gênero, por exemplo. O que a mim importa, ou incomoda como as pessoas se definem dentro das vias da legalidade? Não guardo medo de que essas pessoas que se postam como querem, irão me definir ou me redefinir no que sou e vivo.
Recebi um mapa do Brasil, onde o Nordeste estava pintado de vermelho e escrito Cuba do sul, pois é foi um nordestino que me mandou. É este Nordeste de paraíbas, que também constitui e constituiu a força de trabalho dessa Nação. É este Nordeste de gelo baiano que recebeu as grandes levas de escravizados para fazer...sabemos e não reparamos como deveria, daí o porquê da pobreza se fim.
Pois é, o nordestino sempre guarda a sua tenacidade, superação, luta diária, inclusive, dos que vão para outras partes do País, longe de suas famílias, trabalhar, muitas vezes, em regime análogo à escravidão, mas suportam. É este Nordeste de riqueza cultural, costumes e tradições. Mesmo sendo, sem dúvida, este patrimônio, o Nordeste é alvo de preconceitos e julgamentos infundados: críticas ao sotaque, às características físicas...a xenofobia é real, mas o nordestino vai continuar com orgulho dos seu oxente, da sua persistência, do seu trabalho. Afinal de onde foi Zumbi dos Palmares?!
Encerrando, tudo que aqui escrevi são bla, blas de um homem que nasceu e cresceu na Ladeira da Preguiça, comeu muito mingau de cachorro, lavou carro na fonte dos padres, do museu de Arte Sacra e tinha como amigos prostitutas, bandidos e viciados...isso deve explicar esses mimimis.