O conceito de saúde é muito abrangente, englobando inclusive bem-estar social, no contexto de saúde emocional, mais objetivamente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define como: "Um estado de bem-estar onde o indivíduo realiza suas próprias habilidades, lida com os fatores estressantes normais da vida, trabalha produtivamente e é capaz de contribuir com a sociedade". Pois bem, o que está acontecendo é que estamos perdendo a nossa saúde emocional, por diversos fatores, inclusive em decorrência do excesso de informação que buscamos para entender tudo, porém como não temos em armazém conhecimento efetivo sobre as questões que buscamos, somos levados, influenciados por ondas imensas de desinformações que só contribuem para aumentar nossa ansiedade e depressão. Precisamos aprender, desenvolver a filtragem das informações que nos chegam. Ficar conectado de mais, assistir muito ao jornal ou ficar tempo excessivo nas redes sociais são hábitos que prejudicam a nossa saúde mental, afirmam estudiosos do assunto.
É fato que não existe receita para se bem viver, pois em nossas vidas a uma constante caminhada, onde vamos adquirindo hábitos, conhecimentos que se internalizam. E o brasileiro gosta muito, infelizmente, do conhecimento sem leitura temática, prefere o ouvir dizer, o que saiu nas redes sociais. É aí que esses hábitos podem ser nocivos a nossa saúde mental sem que percebamos. Estamos diariamente em uma gangorra de frustrações, estresse, ansiedade e depressão, sendo que muitas vezes por conta de questões que não formalizamos um real saber e continuamos buscando o que queremos, sem filtros de razão ou bom senso.
É necessário desarraigarmos hábitos e o conhecimento real, em fonte confiável é o melhor caminho. Não falo de sites e ou páginas – estas são para notícias, informações, falo de saber real, esteado em estudos e pesquisas. De acordo com o que visto no best-seller de Charles Duhigg, O Poder do Hábito, os costumes são formados por três componentes principais: Gatilho -estado mental, acontecimento ou situação que desencadeiam a ação de um hábito.Ação - também chamado de rotina, é o hábito propriamente dito. Recompensa - a sensação que você tem após aquela ação específica. O gatilho que estabelecemos é o do celular, logo a ação é o reforço dele e a recompensa é a notícia que bate com o que penso desse ou daquele assunto. Armadilha pronta, presa cai.
Assim, as redes sociais têm sido o item número um da lista de minadores da saúde emocional, mais comum principalmente para os jovens, pois no uso das redes sociais há uma tentativa constante de conexão com o outro e de mostrar o seu mundo. Isso, no entanto, pode gerar frustração, já que a rede mostra uma realidade distorcida. Inclusive, 41% dos jovens dizem se sentir tristes, depressivos ou ansiosos em contato com as redes sociais. Este número é muito elevado e nos evoca uma reflexão. Portanto, não gaste tempo demais nas redes e entenda que as plataformas e os seus algoritmos só pensam em nós como business. Tudo é um negócio. Cuide-se. Dizem os estudiosos que o uso das redes em até 1 hora por dia no máximo, protege você e sua saúde emocional.