LGBTFOBIA

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LGBTFOBIA

Nesse domingo (17) se tornou conhecido internacionalmente como o dia de luta contra a homofobia, a lesbofobia, a bifobia e a transfobia. É uma data relevante, pois coloca na ordem do dia discussões sobre a situação difícil em que se encontra o Brasil no ranking de assassinatos por motivo homofóbico. Infelizmente, lideramos em primeiro lugar no mundo. Em 2019, se assassinava a cada 23 horas um homossexual, neste ano, a cada 16 horas. A Bahia, no cenário nacional, se posiciona em segundo lugar.

Foi em um 17 de maio, há 27 anos, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Sem dúvida alguma, um marco histórico, pois retirou a pecha, pelo menos cientificamente, de doentes e ou anormais quem vivenciava e vivencia a sua orientação sexual de forma natural, como, de fato, deve ser vista e encarada. O que vemos, no entanto, e infelizmente, é mais que um desrespeito ao direito cidadão da pessoa se autodeterminar como ela se sente e é, são crimes que assolam a nossa sociedade com apoio, ou se não, omissão que se estabelece como conduta de governos e da sociedade, em sua generalidade.

Não se trata de maneira alguma de criar privilégios, como muitos se baseiam, mas de se dar um basta, pois uma sociedade que não encara, nem convive bem com as diferenças se evidencia doente, necessitando entender de maneira plena o significado real de dignidade humana, bem como de se viver em uma sociedade democrática, plural.

É de uma arrogância, de uma prepotência sem limites ou bordas alguém ajuizar, determinar qual o tipo de comportamento ou conduta se deve ter como “normal”. Claro que aqui falamos de princípios e ações legais, naquele desusado “todos são iguais perante a lei”. Tristemente, discutimos tanto sobre desigualdades sociais no Brasil, grande verdade, mas nos esquecemos que a nossa sociedade é alimentada pela exclusão dos diferentes. Criamos bolhas de castas, onde valores se encontram no ter e no que parece ser. 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Resolução nº 001/1999, estabelece normas de atuação para os psicólogos sobre as questões relacionadas à orientação sexual, e determina que os profissionais da Psicologia contribuam para reflexões que superem os preconceitos e os processos discriminatórios, que as pessoas não heterossexuais vivenciam. Orienta, também, para que não exerçam ou favoreçam ações que reafirmem as homossexualidades como doenças, desvios ou perversões.

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