Mulheres, Piovani e Neymar

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Mulheres, Piovani e Neymar

A ex-prefeita da Cidade do México Claudia Sheinbaum, de coligação de centro-esquerda  é a primeira mulher eleita presidente do México, com ampla vantagem sobre a segunda colocada, a ex-senadora de centro-direita Xóchitl Galvez.O México, assim, elegeu a sua primeira mulher para a presidência do país. O México ainda que pese todas as notícias que chegam da existência do crime organizado ser quase que imbatível, faz, neste momento, história na América Latina, isto porque por lá foi implantada a lei de paridade de gênero nas eleições do país, promulgada em reforma eleitoral no ano de 2014 e entrou em vigor em 2018. Ela prevê que os partidos apresentem 50% de candidatas mulheres e 50% de candidatos homens para os pleitos. Apoiada por Andrés Manuel López Obrador, atual presidente com claras tendências populistas, a eleita presidente se movimenta bem por políticas sociais. Em seus discursos, ela manifestou intenção de continuidade do projeto do atual presidente, que tem mais de 60% de aprovação no país.

Ao que parece o Brasil ainda continuará nessa faixa de extremo machismo, sem a facilitação da sonhada igualdade de gênero, na sociedade em seu todo. Haja vista as disparidades ditas pelo jogador Neymar contra a atriz Luana Piovani. É certo que a ex-global desfere os ataques pessoais ao jogador, por sua posição diante de PEC que revê os terrenos de marinha da orla brasileira, mas as agressões do jogador evidenciam, e muito, o seu caráter misógino, etarista, chamando-a de velha, mal-amada. Inconcebível. E por favor, justificar que ela começou não deveria passar pelos comportamentos de cidadania. Não serei violento e agressivo só porque preciso revidar a alguém que o foi comigo. 

Estamos apreciando um movimento conservador, ao meu sentir muito hipócrita no Brasil, revisitando costumes sociais, e aí surgem as barbaridades, inclusive de mulheres quanto as suas ações profissionais. Para se ter uma ideia o México está em 4º lugar e o Brasil em 135º no ranking de paridade de gênero nos parlamentos mundiais. Os dados são da Inter-Parliamentary Union e mediram a representação feminina em 193 nações no ano de 2022. Um absurdo.
 

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