Os assim chamados nossos políticos, via de regra, se sentem uma casta privilegiada, onde no exercício de seus empregos dado spelo cidadão, através do voto, se consideram membros de uma Corte cheia de vassalos e súditos, conluios e corporativismos. O cidadão/ã ainda não se deu conta que os seus direitos políticos nascem da participação no governo, na sociedade, em instância de poder, porque guardam na força do voto o direito de votar e ser votado, criando, destarte, caminhos para mudanças em seus ambientes sociais. Infelizmente, ainda vemos uma leva enorme de cidadãos acreditando em visitas quadrienais de pessoas que nunca estiveram por perto, mas com a força centrípeta que tem o voto, põem óleo na casa e vão.
Lamentavelmente, a exclusão social não voluntária ainda é muito presente no nosso cenário de vida, consequentemente político, em seus lugares de decisão. Moradores em situação de rua, pessoas menos esclarecidas, as cansadas de promessa, as frustradas pelo oportunismo...em fim: a grande massa, o povo não se deu conta que o que lhe pode garantir dignidade, melhores condições de vida em todos os espectros do bem-estar social é uma representatividade forte, com pessoas comprometidas no vai e vai por eles, por suas carências e anseios sociais. O Estado brasileiro, por outro lado, não se alinha a essas camadas, que já foram chamadas até de invisíveis. Os interesses sempre são os da bolha, de seus cercos eleitorais. Isso, exatamente isso, é que a cidadania brasileira ainda não se deu conta. Os políticos, em geral, são para os deles, porque os deles que puseram eles lá, em sua maioria.
A cidadania, ainda por cima, se atrela aos criadores de lacração na internet. Sai votando nos que mentem, inventam...e se dão bem, no sentido de popularidade e voos para os objetivos políticos. Qual foi a relevância dos eleitos Arthur do Val, Flordelis, Gabriel Monteiro, Daniel Silveira?...falo os de fora da Bahia para que não digam que estou fazendo queimação com os nativos, mas temos aqui também as pencas.
Ensinam os sociólogos que nos países ocidentais dos continentes europeu e americano a cidadania moderna se constituiu por etapas: depois dos direitos civis, no século 18, vieram os direitos políticos, no século 19, os direitos sociais são conquistas do século 20, assim como a quarta geração de direitos é o da cidadania, onde a fala e ação se tornam efetivas e detentoras de poder. Assim, veja a sua relevância pessoal no processo de definição de quem você quer empregar pelos próximos 04 anos, ou 08 se senadores. Seu voto não pode ser apenas para eleger discursos, mas compromissos com você e a necessidades dos na sua mesma situação e reivindicações.