1° ano de mandato de Sérgio Moro registra queda no combate ao crime
Ex-juiz é o atual ministro da Justiça e da Segurança Pública
Foto: Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) fez menos operações de combate ao crime e reduziu o número de prisões, entre elas as de acusados de corrupção, no primeiro ano do ex-juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça e da Segurança Pública.
É a primeira vez, desde 2013, quando foi aprovada a nova lei de combate às organizações criminosas, que a queda de produtividade e o quadro de policiais na ativa registram queda. No ano seguinte, começava a Operação Lava Jato, no Paraná, que faria do então juiz Moro, da 13.ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, uma celebridade e levaria à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde então, os números de operações e prisões haviam subido de forma contínua até o recorde de 2018, com 1.563 operações e 9.938 prisões, incluindo os casos de flagrante e aqueles autorizados por ordem judicial. No ano de 2019, esses números caíram para 1.062 (-32%) e 9.226 (-7%), respectivamente.
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública admite o problema. "De 2016 para cá, o efetivo da PF diminuiu em cerca de 10% devido a aposentadorias", informou em nota ao Estado. Ainda de acordo com a pasta, à qual a PF é subordinada, a queda do total de prisões e de operações policiais não significa "uma diminuição do combate à criminalidade".