1° prognóstico prevê que safra de grãos pode ser 0,1% menor na Bahia em 2022, diz IBGE

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (11), mostram que, devido à expectativa de queda na produção de soja, o primeiro prognóstico prevê que a safra de grãos pode ser 0,1% menor na Bahia no próximo ano, ficando em torno de 10,409 milhões de toneladas.

Esse prognóstico se baseia na expectativa de que a safra do principal produto agrícola do estado, a soja, seja 2,3% menor no próximo ano, passando de 6,8 milhões de toneladas em 2021, para 6,7 milhões em 2022. O prognóstico para a soja no estado é o oposto do nacional, que aponta um crescimento de 0,8% na safra do grão em 2022, chegando ao recorde de 135,2 milhões de toneladas, quase a metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do país.

Por outro lado, a Bahia deverá ter um crescimento de 4,9% na produção de algodão herbáceo, de 1,268 milhão para 1,330 milhão de toneladas, entre 2021 e 2022. Segundo esse primeiro prognóstico, no próximo ano, o estado deverá concentrar 22,2% da produção de algodão no país, mantendo-se como o segundo maior produtor, atrás apenas de Mato Grosso.

De acordo com o IBGE, o prognóstico de crescimento da produção baiana de algodão herbáceo se dá pelo aumento de 4,5% na área plantada, que deve chegar a 280 mil hectares em 2022. No Brasil, o primeiro prognóstico da safra 2022 de algodão estimou uma produção de 6,0 milhões de toneladas, 2,4% maior que a de 2021 (5,8 milhões de toneladas). Em nível nacional, o primeiro prognóstico para a safra 2022 de grãos prevê uma produção recorde de 270,7 milhões de toneladas, 7,8% maior que a de 2021, estimada em 251,2 milhões. 

Assim como havia ocorrido em setembro, em outubro a previsão é que, em 2021, 16 das 26 safras de produtos investigadas na Bahia sejam maiores que as de 2020. As produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de soja (+764.000 toneladas ou +12,6%), cana-de-açúcar (+375.000 toneladas ou +7,3%) e milho 1a safra (+99.800 toneladas ou +5,5%).