1,4 milhão de brasileiros estão fora do mercado de trabalhado por causa da Covid-19
Pessoas ficaram indisponíveis por causa da doença ou porque precisaram cuidar de quem foi acometido
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Com o avanço da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, que já atinge mais de um milhão de brasileiros, o número de pessoas que se tornaram indisponíveis para trabalhar por causa da doença ou porque tiveram que cuidar de alguém doente aumentou no Paí. Segundo um levantamento do pesquisador do Ibre da Fundação Getulio Vargas, com base nos dados da Pnad Contínua, Marcel Balassiano, o número de brasileiros que estavam desempregados e ficaram impedidos de buscar emprego por estarem doente saltou de 3,3 milhões de fevereiro para 4,7 milhões até abril. São cerca de 1,4 milhão de pessoas, um aumento de 45%.
Esse dado é maior que a do número de desalentados, que são aqueles que deixaram de procurar trabalho por acharem que não iriam encontrar uma nova colocação (7%). O número inclui pessoas que não estavam disponíveis por conta de estudos ou mulheres que ficaram grávidas. Mas a alta expressiva aponta que a saúde foi o item que mais pesou no aumento.
“O País já estava em uma situação muito ruim, que o novo coronavírus só agravou. A dívida pública vai para 90% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto se tenta achar saídas para minimizar a crise de saúde. O mercado de trabalho tende a piorar”, avalia o pesquisador.
Em maio deste ano, o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, realizou uma pesquisa específica que revelaram os efeitos da pandemia de Covid-19. O estudo apontou que 25,7 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho, mas gostariam de trabalhar. Além disso, 17,7 milhões de trabalhadores não puderam procurar emprego por causa da pandemia ou não acharam uma vaga na região em que moram.