Saúde

25% dos casos de infertilidade são causados por DST’s

No Brasil, a incidência dessas doenças em jovens tem avançado nos últimos anos

Por Da Redação
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25% dos casos de infertilidade são causados por DST’s

Foto: Reprodução

As doenças sexualmente transmissíveis podem ser a causa de 25% da infertilidade, dentre várias outras complicações e riscos à saúde, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nas mulheres podem provocar obstrução das trompas, impedindo a gravidez pelo processo natural ou causando a gravidez ectópica (gravidez nas trompas). Nos homens, a gonorreia e a clamídia são capazes de causar obstrução dos canais por onde transitam os espermatozoides – os condutos deferentes. 
 
No Brasil, a incidência dessas doenças em jovens tem avançado consideravelmente nos últimos anos. “Os jovens estão deixando de usar camisinha e esse comportamento de risco é um dos grandes responsáveis pela alta incidência das DST’s”, explica a ginecologista Gérsia Viana. “Um jovem que contrai uma DST no início da sua vida sexual pode ter que conviver com sequelas para o resto da vida”,  orienta. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, 56,6% dos brasileiros entre 15 e 24 anos usam camisinha com parceiros eventuais. Além de ser fundamental para evitar a gravidez indesejada, o sexo seguro previne as DST’s e suas complicações.

Além de estarem entre as principais causas da infertilidade, as Doenças Sexualmente Transmissiveis podem desencadear outras complicações sérias como aborto, problemas neurológicos, doenças cardiovasculares,  doenças neonatais e até mesmo o câncer do colo do útero devido à infecção persistente por alguns tipos de HPV, podendo levar à morte.

Prevenção

Além do uso do preservativo nas relações sexuais, a especialista lembra sobre a importância de se evitar comportamentos de risco.   A camisinha é uma das principais formas de prevenção, mas não é a única. Adotar um comportamento sexualmente responsável minimiza os riscos de ser infectado por uma DST. Evitar ter relações com múltiplos parceiros, não ter contato sexual com pessoas desconhecidas e sob efeito de álcool e drogas, observar sinais de DST’s no parceiro (lesões, bolhas, mau cheiro, verrugas, secreções) e não ter relação sexual caso, qualquer um dos dois, esteja com alguma infecção nos órgãos genitais. 

A avaliação ginecológica periódica, uma vez que essas doenças também podem evoluir de forma assintomática, e a vacina contra HPV são outras medidas importantes no controle e prevenção das DST’s. 

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