60 mil casos com indícios de irregularidades são contabilizados em contas de candidatos, diz TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou cerca de 60 mil casos com indícios de irregularidades dentre doações eleitorais ou serviços contratados pelas campanhas. Segundo levantamento divulgado pela CNN, o valor chega a R$ 605 milhões. 

Esta é a primeira rodada de fiscalização das prestações de contas parciais. 

Confira os principais indícios apontados:

6 doadores falecidos doaram R$ 39,2 mil;
190 doadores desempregados doaram R$ 1,1 milhão;
423 doadores apresentaram renda incompatível com o valor doado. Somados, eles doaram R$ 6,2 milhões;
205 doadores recebem Auxílio Brasil. Somados, doaram R$ 1,7 mil;

Em 10.296 casos, há concentração de doadores de uma mesma empresa a determinado candidato. Somados, alcançam R$ 5,4 milhões.

Entre os fornecedores contratados para prestar serviços para as campanhas foram constatados:

2.502 são fornecedores de campanha constituídos em 2022 e com sócios filiados a partidos políticos. Somados, eles doaram R$ 263,6 milhões;

109 são fornecedores com sócios recebendo Auxílio Brasil. Somados, eles doaram R$ 1 milhão;

42.091 são empresas com número reduzido de empregados. Somados, eles doaram R$ 309 milhões;

889 são empresas com registro fiscal irregular na Receita Federal. Somadas, elas doaram R$ 8,3 milhões;

2.361 são fornecedores com relação de parentesco com candidato ou seu vice. Somados, doaram R$ 10,8 milhões.

O TSE encaminhará os dados aos órgãos fiscalizadores como Ministério Público Eleitoral, Coaf, Receita, Polícia Federal e Tribunal de Contas da União. A corte não divulga para quais campanhas foram feitas as doações ou os serviços foram prestados.