"A gente defende o que é melhor pra sociedade, se for o isolamento é o que vai ser", afirma Teich
Ministro disse que precisa analisar mortes para saber se é um aumento ou consequência de resultados rápidos dos testes
Foto: Agência Brasil
Na usual coletiva diária no Palácio do Planalto para atualizar ações e números em relação ao coronavírus, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que precisa continuar o acompanhamento do número de mortes por infecção pela Covid-19 para saber se os registros desta quinta (23), que apontaram 407 mortes nas últimas 24 horas, são uma tendência de aumento ou se é consequência de resultados mais rápidos nos testes da doença.
"A gente defende o que é melhor pra sociedade, se for o isolamento é o que vai ser. Se eu puder flexibilizar, dando autonomia pras pessoas, uma vida melhor, e isso não vai influenciar na doença, é o que vou fazer. Então não existe uma escolha de isolamento ou não. É o isolamento na hora certa e a liberação na hora certa. A gente tem que definir isso no dia-a-dia, essa capacidade de julgar e tomar decisão é que vai fazer com que a gente consiga ajudar a sociedade", disse.
Em relação à permanência do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, apontou que a assessoria de Moro já havia desmentido a saída dele do governo.
Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sinalizou que poderia deixar o cargo se o presidente Jair Bolsonaro tirasse Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal, para colocar um um nome que tenha mais proximidade com o Palácio do Planalto.
Quando substituiu o ministro da Saúde, Bolsonaro deixou claro que queria o alinhamento de todos os ministros. "Começa hoje mesmo uma transição, que gradualmente vai servir para redirecionar a posição não apenas do presidente, mas de todos os 22 ministros que integram o nosso governo. Todos os ministros estão envolvidos na mesma causa, sem exceção", registrou no dia 15 de abril, quando empossou Nelson Teich no lugar de Luiz Henrique Mandetta.