A ideologia de destruição e o efeito Bolsonaro
Confira o artigo de Marcus Quadros de Castro
Foto: Reprodução
Por Marcus Quadros de Castro
Quando o PT quebrou o Brasil, talvez você possa pensar que isso não tenha sido completamente premeditado. Que não se engane o leitor, foi tudo pensado, milimetricamente planejado. Depois de 03 eleições tentando a Presidência da República (89/94 e 98), o ParTido estava disposto a mudar o que fosse preciso para ganhar.
Aqui começa essa história: através de uma boa articulação política, José Dirceu, um dos principais militantes da esquerda no país, assume a Presidência do partido com o objetivo de fazer a sociedade acreditar que o PT era uma excelente opção para Brasil. Como?
Contratando o marketeiro Duda Mendonça para mudar a imagem do Partido dos TRABALHADORES e, com isso, vender o mote de que “A ESPERANÇA venceria o MEDO!”, tentando agradar a ela, A ELITE!
Foi essa, a ideia da plástica. Tudo para inglês ver. Só que deu certo e LULA foi eleito em 2002!
No primeiro mandato, vieram mudanças significativas, porém em pequenas doses pra não causar desconfiança. O capitão da nau, José Dirceu, agora na Casa Civil, comandava o aparelhamento. Desde o congresso, passando pelas estatais, até o STF. Pelo menos, até ser delatado pelo então Deputado Federal Roberto Jeferson, na crise que viria a ser denominada de MENSALÃO. Nesse momento, seria de bom tom que Lula arrumasse um bode expiatório para que ele pudesse continuar com o plano. Era simples! Bastava fingir que não sabia de nada e sua imagem de BOM MOÇO continuaria firme. No jogo do VALE-TUDO, valia até mesmo chorar diante das câmeras. Essa foi a parte fácil. Para sangrar em seu lugar, o escolhido seria José Dirceu.
No segundo mandato, a confiança do povo - ainda disposto a “pagar pra ver” - ajudou a concretizar o piso para a reeleição. A máquina do governo e sua propaganda social também contribuiriam para o aval de mais um turno.
Depois de quatro anos ludibriando a população com propaganda onde se viam melhoras irreais na SAÚDE, EDUCAÇÃO e SEGURANÇA, esse cartão verde não foi uma "chapa branca" e Lula foi reeleito no 2º turno, em 2006. O plano seguiria conforme traçado: PETROLÃO em curso, mas não só ele. Transposição do Rio São Francisco, UNASUL, ONG’s comprando a Amazônia, invasões do MST, Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, mais OBRAS, PAC’s, Belo Monte e “palestras” no exterior.
O objetivo era “vender o Brasil”. Literalmente!
Com repasses de verba via empréstimos do BNDES a nações amigas (ao contrário dos que muitos pensam, esses empréstimos não seriam a "fundo perdido". Eles retornariam, não mais para o país mas para os bolsos e contas do partido), em tudo havia a mão do PT, ou melhor, o dedo do Lula que, em suas viagens, ia abrindo caminho para a tomada da América Latina. Falava com o representante de um país, que tinha alguma necessidade estrutural: ponte, viaduto, barragem ou porto. Quando não havia alguma, imediatamente criava-se, como foi o caso de CUBA – inicialmente uma estrada, mas depois um Porto, por sugestão da própria empreiteira.
Lula contactava os empreiteiros brasileiros, de preferência a ODEBRECHT, que executavam a obra e, de quebra, ainda conseguia o dinheiro para o seu pagamento, via financiamento do BNDES!
MELHOR, IMPOSSÍVEL!!!
Governante bem visto, era hora de chamar o então marketeiro oficial, João Santana, com a função de ajudar a eleger os candidatos preferidos do Foro de São Paulo. Até aqui, com alguns percalços, o PT tinha composto a 9ª sinfonia! Quase tudo perfeito!
Depois de seu 2º mandato, o PT de Lula continuava sem fazer nenhuma reforma ESTRUTURAL no país, além da tomada de poder efetiva. A opinião pública vai se azedando. Em 2010, na SEGURANÇA, já se contabilizam 52 mil homicídios, número crescente. Com SAÚDE e EDUCAÇÃO também desgastadas, Lula teve dificuldades em eleger sua sucessora, Dilma Roussef. Por muito pouco, ela conseguiu vencer no segundo turno o outro candidato da esquerda, que se dizia de direita, Aécio Neves (há muitos que apontam, inclusive, para uma fraude eleitoral em 2014. Analistas utilizaram a Lei de Benford para comprovar essa tese. (Confira aqui)
Nos dois mandatos de Lula e, agora no de sua sucessora Dilma Roussef, que deveria ser Dirceu, a crise se acentuaria como NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS! Corrupção, desvios de dinheiro, aparelhamento nas estatais e no governo. A ex-guerrilheira tinha sido escolhida para fazer a parte suja.
O país não aguentaria tanto desmando, roubo, e empresas públicas como a PETROBRÁS, quebrariam. Não só ela!
Os Fundos de Pensão das empresas estatais (FUNCEF-CEF, POSTALIS-ECT, PETROS-PETROBRÁS, PREVI-BB) seriam exauridos pela administração incrivelmente (in)competente da era PT.
Nesses dez anos de governo, aonde tivesse uma empresa pública, lá teria uma "sacolinha do PT";
Aonde tivesse um fundo de pensão do funcionalismo público, lá estariam os usurpadores petistas;
Aonde tivesse um contrato público com empresas privadas, lá teria a comissão do ParTido!
De fato, o país, premeditadamente, quebrou! Dilma vinha realizando com critério o planejamento feito, aprofundando a crise, dividindo o país e estimulando o CAOS: MST e SINDICATOS, além das ONG’s, a PLENO VAPOR!
O plano: com o país quebrado, assumiria a "oposição" o PSDB de Alckmin e FHC, que não teria peito nem pulso para realizar as reformas, tal como na Argentina de Maurício MACRI. A crise se aprofundaria e, como num passe de mágicas, ressurgiria o PT para SALVAR o BRASIL com a única solução possível: a implantação de LA REVOLUCION, el SOCIALISMO, BOLIVARIANISMO, COMUNISMO ou, como queira chamar, o sistema de governo que iguala a todos pela pobreza, MENOS seus líderes!
Mas, finalmente, o que deu errado nessa narrativa, quase perfeita?
Dois fatores podem ser destacados:
O vice de Dilma, MICHEL TEMER; e
O efeito BOLSONARO!
Michel Temer, do PMDB, um partido governista por natureza, foi o vice que ajudou a eleger DILMA ROUSSEF, dando suporte e continuidade ao governo do PT. O PMDB, de olho grande na Presidência, e face às crescentes manifestações populares de insatisfação quanto ao caminho político por qual a Presidente e seu partido levaram o país, viu ali uma oportunidade de ouro para galgar a Presidência. Há uma fábula, do escorpião e do sapo, que diz: “nunca carregue um escorpião em suas costas. A natureza dele é FEROAR!”
Dilma sofre o IMPEACHMENT, mas não sem antes tentar sua última cartada: decretar ESTADO de DEFESA, opção prontamente negada pelo General Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro.
Assume Michel Temer, PMDB na área. Ainda que seja um partido extremamente fisiológico, o Governo Temer conseguiu grandes vitórias no congresso Nacional.
Para citar as mais importantes, modernizou as relações de trabalho através da aprovação da Reforma Trabalhista e pôs fim ao sindicalismo pelego que abrigava mais de 10.000 sindicatos no país. Determinou a diminuição da taxa básica de Juros, de 14,5 para 6,50% em um processo sem volta. Inflação caiu de 9,32 para 2,76%. Pode-se dizer que o Governo Michel Temer começou a preparar as bases do terreno para o EFEITO BOLSONARO!
Mas o que vem a ser esse tal de EFEITO BOLSONARO?
EFEITO BOLSONARO é a conjuntura que fez com que um Deputado do baixo clero, com 8” de tempo de televisão, sem fundo partidário ou verba para campanha (que custou cerca de R$ 1,2 milhão), em um partido completamente desconhecido, nanico, sem alianças partidárias, sem capilaridade, sem marqueteiro político e com uma estrutura completamente amadora, deixando campanhas rivais milionárias para trás, viesse a ser eleito Presidente do Brasil! Com 58 milhões de votos, quebrando toda e qualquer expectativa e virando de ponta cabeça a receita de sucesso das, até então, campanhas presidenciais brasileiras.
Foi ele, anteriormente apelidado de “cavalo paraguaio” por seus concorrentes, que afundou o plano de continuidade do PT e jogou a pá de cal sobre qualquer expectativa de retorno da camarilha petista!
Por mais bem planejado que tenha sido, o plano quase exitoso do PT não contava com o EFEITO BOLSONARO!
Por tudo isso e, principalmente, por ter desmontado a BOMBA RELÓGIO armada pelo PT para o Brasil, é que ele é aclamado pela alcunha de MITO por seus eleitores.