A importância dos ritos de passagem
Confira a coluna de José Medrado desta segunda (28)
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Guardamos necessidades de estabelecer em nossas vidas determinados marcos, a fim de que ciclos se abram e outros se fechem. Os ritos estabelecem, assim, mudanças que nos estimulam e há algumas que são muitos importantes, quase que indispensáveis para vivermos perspectivas de controle da vida, ainda que este controle seja apenas hipotético. Os chamados ritos de passagem representam importantes processos de estímulos à vida humana. O primeiro pesquisador a se debruçar sobre o tema, no início do século XX, foi Van Gennep, que em 1906, quando publicou o clássico Os Ritos de Passagem. Nesse livro, ele dividiu os ritos de passagem em três grandes grupos: ritos de separação, como a festa de formatura ou um sepultamento; ritos de margem, como o período da gravidez ou o do noivado; e os ritos de agregação, como batismo, casamento, primeiro dia de aula na escola ou na universidade, réveillon, mas Cristiano Nabuco, psicólogo da USP e autor de “Psicologia do cotidiano”, explica que, durante milênios, nosso cérebro foi programado para começar e encerrar tarefas. Se em 2020 você prometeu fazer exercícios, mas o ano passou longe da academia, seus neurônios vão “enviar notificações”, lembrando você disso. No entanto, este ano foi o mais estranho e atípico, sem dúvida alguma, das vidas de todos nós. Razão pala qual esta virada de ano, ainda bem estranha, guarda, segundo alguns estudiosos, uma importante conotação de passagem, pois com ela vem a necessidade de esquecer, de um ano inteiro ter sido vazio, de dores, medos e expectativas nocivas.
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