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Ação contra declarações de Nelson Piquet é entregue à Justiça do DF

Entidades de defesa dos direitos humanos acusam ex-piloto de tecer comentários racistas e homofóbicos

Por Da Redação
Ás

Ação contra declarações de Nelson Piquet é entregue à Justiça do DF

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A 20ª Vara Cível de Brasília recebeu nesta segunda-feira (11), uma ação enviada por entidades de defesa dos direitos humanos contra o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet. No ofício, ele é acusado de tecer comentários racistas e homofóbicos.

Com a ação, o juiz Felipe Costa da Fonseca Gomes deu um prazo de 15 dias para que o ex-piloto conteste as acusações. "As circunstâncias da causa revelam ser improvável um acordo nesta fase embrionária", afirmou. 

O caso aconteceu após um vídeo publicado pelo portal Grande Prêmio mostrar Piquet se referindo ao piloto Lewis Hamilton como "neguinho". Além disto, ele teria supostamente utilizado uma conotação homofóbica ao se referir aos competidores Keke e Nico Rosberg.

"O Keke? Era uma b... Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico), ganhou um campeonato, o neguinho (Hamilton) devia estar "dando mais c..." naquela época e estava meio ruim", afirma Piquet no vídeo.

Na ação apresentada, as entidades pedem indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos e danos sociais. À época do vazamento das declarações, Piquet afirmou que os comentários foram "mal pensados".

"O ex-piloto brasileiro que vociferou publicamente as aviltantes injúrias raciais e homofóbicas é personalidade pública, tricampeão de Fórmula 1, portanto é de se presumir o impacto causado em todos aqueles que assistiram ao vídeo, especialmente os de etnia negra e os membros da comunidade LGBTQIA+, sabedores da amplitude e da gravidade das ofensas perpetradas pelo réu", diz trecho da ação.

Além da indenização de R$ 10 milhões, os autores pedem ainda que Piquet publique uma nota, em todas as redes sociais, com pedido público de desculpas, "reconhecendo o erro de fazer alusão racista a qualquer pessoa" e "retratando-se das afirmações racistas e homofóbicas".

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