Ação do PSOL que pede cassação de Lira é rejeitada pelo Conselho de Ética
Partido acusa o presidente da Câmara de quebra de decoro parlamentar e abuso de poder

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Paulo Azi (União Brasil - BA), rejeitou nesta terça-feira, 21, analisar a representação do PSOL que pede a cassação do mandato do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A ação foi apresentada no último dia 3.
O documento acusa Lira de ter cometido suposta quebra de decoro parlamentar e abuso de poder ao discutir no plenário com o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), no dia 31 de maio.
A deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) recorreu da decisão de Azi.
Conselho de Ética
O Partido Liberal (PL) apresentou ações ao Conselho de Ética da Câmara dois dias depois da discussão. O partido pediu ao conselho a perda do mandado de Glauber por quebra de decoro. O PSOL argumentou que no bate-boca, Arthu Lira teria abusado das prerrogativas da função de presidente e resolveu "ameaçar" Glauber Braga.
Em resposta a representação do PL, o conselho abriu um processo para apurar a conduta de Glauber Braga, que pode levar à cassação do mandato do parlamentar. Já no caso da representação do PSOL, Paulo Azi entendeu que o pedido de cassação representa "absoluto descabimento".
"Não havendo em suas manifestações, tal qual descritas na representação, qualquer violação a prerrogativas do deputado Glauber Braga. Os fatos narrados não constituem, evidentemente, falta de decoro parlamentar", afirmou.