Acenos entre Jerônimo Rodrigues e Mário Negromonte reacendem debate sobre o futuro do PP na Bahia em 2026
Há pressão para que o partido decida se volta à base do governador ou se permanece entre as legendas da oposição
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Após os resultados das eleições municipais na Bahia, o PP tem sinalizado a possibilidade de retornar à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). No dia 7 de outubro, o presidente estadual da legenda, deputado federal Mário Negromonte Júnior, publicou um vídeo em que o governador agradece pela colaboração durante o pleito.
A base governista, composta por PT, PCdoB, PV, PSD, Avante, MDB, PSB, Podemos, Solidariedade e Agir, elegeu 309 prefeitos. Com a adição dos 41 gestores eleitos pelo PP, o total de prefeitos aliados sobe para 350.
Os acenos entre Negromonte e Jerônimo abrem duas possibilidades para as eleições estaduais de 2026: o PP permanecendo na base da Prefeitura de Salvador, com ACM Neto e Bruno Reis, ou se unindo à base do governo do Estado.
A expectativa é que ACM Neto, atual líder nacional do União Brasil, saia novamente como candidato ao Palácio de Ondina, enquanto Jerônimo deve buscar a reeleição.
Apesar das movimentações, fontes consultadas pelo Farol da Bahia afirmam que parte do PP não vê com bons olhos a migração para a base governista. Atualmente, o partido tem o ex-deputado Cacá Leão como secretário de governo do prefeito Bruno Reis.
Cacá, que foi candidato a senador na chapa de ACM Neto em 2022, também tem voz ativa no partido. Em entrevista ao site, ele destacou que a decisão sobre 2026 envolverá um amplo diálogo com os membros do partido e lideranças nacionais.
"Nós vamos discutir o processo eleitoral apenas em 2026. Se o partido ocupar um cargo no governo, isso não significa que estará selando uma aliança para as próximas eleições. Vamos discutir isso em nível nacional", afirmou o progressista.
Nos bastidores, no entanto, há rumores de que existe uma pressão para que o PP defina posicionamento com brevidade.