Acnur estimula empresas a contratar refugiados no Brasil

Visando promover a contratação de refugiados por empresas que atuam no Brasil, a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) lançou nesta quarta-feira (23) o Fórum Empresas com Refugiados. Dados do Comitê Nacional de Refugiados (Conare) apontam que até o fim de 2020 o Brasil possuía 57.009 pessoas reconhecidas oficialmente como refugiadas, de diversas nacionalidades e predominantemente na faixa etária entre 25 e 39 anos. 

Até o momento, 21 organizações empresariais aderiram à iniciativa da Acnur. De acordo com o  representante da Acnur no Brasil, José Egas,  medidas de inclusão social e econômica para os refugiados são de extrema importância porque a maioria das pessoas que estão nessa condição fogem de conflitos e convulsões sociais em seus países e muitas vezes, apesar de possuírem alta qualificação profissional, têm grande dificuldade em acessar o mercado de trabalho formal. “Há muitas razões para isso, mas uma delas é o desconhecimento das empresas de que é perfeitamente legal contratar uma pessoa refugiada”, disse Egas. É esse tipo de lacuna que iniciativas como a criação do fórum pretende preencher, destacou ele.

A ideia é que as empresas que já aderiram troquem experiências e boas práticas na contratação, capacitação e acompanhamento de funcionários com status de refugiados, bem como que atuem na mobilização de outras empresas para abraçarem a causa.  Até o momento, o Fórum Empresas com Refugiados tem os seguintes parceiros estratégicos: IFC, Tent Partnership for Refugees, Foxtime e EY. O fórum conta com o apoio das seguintes empresas: Lojas Renner, Unidas, MRV, Facebook, Iguatemi Empresa de Shopping Centers e Sodexo On-site.