Ações trabalhistas ligadas à pandemia caem 64% no 1º semestre

Um levantamento realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) aponta que o número de ações trabalhistas relacionadas à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, caiu 63,9% entre janeiro e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Dados mais recentes do Portal da Covid-19 mostram que a quantidade de processos desse tipo passou de 14.187, no primeiro semestre do ano passado, para 5.116, no mesmo intervalo em 2021. 

O TST contabilizou, no período de janeiro a junho, 5.116 ações que tinham alguma ligação com a pandemia. Esse valor representa 0,65% do total de 787.864 processos no período. Até o momento, março tem o maior número de reclamações: 1.108. Nesse período, o país foi atingido pela segunda onda da Covid-19 que ocasionou elevadas quantidade de novos casos e mortes associadas à doença. 

Os assuntos que mais aparecem nesses processos trabalhistas, segundo o levantamento, são multa por atraso de verbas rescisórias, 13º salário proporcional, férias proporcionais e adicional de horas extras.

 Números de ações ligadas à pandemia em 2021

-Janeiro: 725;
-Fevereiro: 807;
-Março: 1.108;
-Abril: 953;
-Maio: 746;
-Junho: 777.

Em março, quando a pandemia foi confirmada no Brasil, a Justiça do Trabalho recebeu 674 ações. Em abril, houve um aumento de 340% nos processos em relação ao mês anterior. Em maio, os casos continuaram aumentando, mas em um ritmo menor: 68% ante abril. No primeiro semestre, foram 14.187.

O levantamento do TST também analisa os setores com maior número de ações trabalhistas relacionadas à crise neste ano. Indústria, comércio e sistema financeiro tiveram o maior número de reclamações, respondendo juntas por 32,82% do total (5.116).