Acordo barra nomes indicados por Bolsonaro para embaixadas na Itália e Argentina
Sete indicações para embaixadas e organismos internacionais foram analisadas pelo CRE do Senado FederaL
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um acordo para manter temporariamente vagos alguns cargos considerados estratégicos pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), barrou os nomes indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir as embaixadas do Brasil na Itália e na Argentina.
Segundo o site Poder 360, o acerto foi firmado entre o chanceler Carlos França, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Esperidião Amin (PP-SC), além dos interlocutores de Lula.
A justificativa seria que faltam menos de 2 meses para a posse de Lula, e não faria sentido aprovar indicados por Bolsonaro para missões diplomáticas estratégicas sob risco de serem substituídos pouco tempo depois.
Lula indicou em 11 de julho o atual embaixador brasileiro na Itália, Helio Vitor Ramos Filho, para chefiar a missão diplomática na Argentina. Em 15 de agosto, propôs que Fernando Simas Magalhães assumisse o cargo em Roma.
Na terça-feira (22), sete indicações para embaixadas e organismos internacionais foram analisadas pelo CRE do Senado Federal. Nesta quarta-feira (23), a CRE fará mais seis sabatinas. Ramos Filho e Magalhães ficaram fora da pauta.