Acusação de espionagem contra o ex-presidente da Argentina é arquivada pela Justiça
Processo foi aberto por familiares dos marinheiros mortos no afundamento do submarino ARA San Juan em 2017
Foto: Reprodução/NBR
O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, teve a acusação de espionagem contra os familiares de marinheiros mortos arquivado pela Justiça. 44 tripulantes morreram no afundamento do submarino ARA San Juan, em 2017.
A Câmara Federal de Buenos Aires afirmou que “existe suficiência probatória para afirmar que as atividades realizadas tinham como único objetivo a segurança presidencial e/ou a segurança interna e, por isso, estão justificadas”.
O ex-presidente e atual líder da oposição de centro-direita comemorou a decisão por meio de uma mensagem no Twitter.
“A verdade venceu. A verdade ainda pode vencer na Argentina. Que não percamos a fé, cada vez falta menos para que a Argentina mude para sempre”, escreveu.
Ganó la verdad. La verdad aún puede ganar en la Argentina. No perdamos la fe. Cada vez falta menos para que la Argentina cambie para siempre.
— Mauricio Macri (@mauriciomacri) July 15, 2022
Os familiares dos marinheiros abriram o processo em dezembro do ano passado contra Macri. O arquivamento beneficia também outros 11 acusados no caso, entre eles os chefes dos serviços de inteligência, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani. A acusação irá recorrer da decisão.
“Esta resolução claramente não se ajusta à lei e à evidência e nos priva de chegar à verdade. Obviamente, vamos apelar e continuar lutando até as últimas consequências pela verdade e a justiça”, disse à AFP Luis Tagliapietra, advogado querelante e pai de um dos marinheiros mortos. “Eles mentiram para nós, nos espionaram, filmaram e fotografaram.”