Adriano Pires oficializa desistência de comando da Petrobras
"Não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência da Petrobras", disse em carta ao governo
Foto: Divulgação/CBIE
O consultor Adriano Pires enviou uma carta ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na noite desta segunda-feira (4), oficializando a desistência em assumir a presidência da Petrobras. O economista havia sido indicado para o cargo na semana passada, pelo Governo Federal.
Entre os motivos que levaram a desistência está a dificuldade do Comitê de Pessoas da Petrobras para aprovar o nome. Além disso, Pires também teria que abrir mão da empresa de consultoria, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que comanda.
No ofício enviado, Pires agradece a indicação e reafirma o "compromisso de continuar nessa luta" pelo desenvolvimento do mercado de óleo e gás. Ressaltando, no entanto, que não poderia conciliar o cargo com as atividades de consultoria que já desempenha para outras empresas do setor.
Segundo o economista, ele chegou a iniciar as tratativas para se desvincular do CBIE, o processo não poderia ser concluído em "tão pouco tempo".
O nome de Pires foi indicado para substituir Joaquim Silva e Luna, atual presidente da estatal, após a insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a alta do preço dos combustíveis em um ano eleitoral.
Confira um trecho da carta:
“Ficou claro para mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência da Petrobras. Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que fundei há mais de 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”, disse Pires.