Afeganistão: proibições impostas pelo Talibã aumentaram mortalidade materna e suicídios no país
Alerta é da ONU Mulheres em relatório publicado com apoio da União Europeia
Foto: Unama/Fraidoon Poya
O Perfil de Gênero sobre o Afeganistão, elaborado pela ONU Mulheres com apoio financeiro da União Europeia, revela que as proibições impostas pelo Talibã, desde que o grupo tomou o poder em agosto de 2021, tiveram impacto direto na mortalidade materna e suicídios no país.
Segundo o relatório, há uma correlação entre o aumento do risco de mortalidade materna em pelo menos 50% por conta da exclusão de 1,1 milhão de meninas das escolas e de mais de 100 mil mulheres das universidades.
Além disso, o perfil revela que 8% dos entrevistados em uma pesquisa indicam conhecer pelo menos uma mulher ou menina que tentou suicídio desde agosto de 2021.
A análise destaca ainda que as mulheres possuem pouco ou nenhum espaço nas decisões que impactam em suas vidas. Não há mulheres líderes na administração do Talibã e os dados da ONU Mulheres mostram que apenas 1% das mulheres sentem que têm influência em suas comunidades.
As afegãs também têm restrições para interagir regularmente com outras mulheres, fazendo com 18% relatarem não ter se encontrado com nenhuma mulher fora de casa nos últimos três meses.