'Agora é lei e vai doer no bolso', diz Simone Tebet sobre igualdade salarial

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comentou, nesta quarta-feira (5), sobre a sanção da Lei 14.611 de 2023, que trata da obrigatoriedade de igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, e garantiu que a lei vai doer no bolso de quem não cumprir a nova regra.

“Comecei a fazer política há 20 anos, naquela época em que a gente sofria violência política e nem podia dizer. A violência política contra a mulher era uma coisa que a gente sofria e não sabia. Aquela coisa do autoritarismo, os parlamentares de dedo em riste na nossa cara, com o seu físico, impondo uma certa conduta, numa ameaça velada”, recordou, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom dia, ministra. 

Segundo ela, o Ministério do Trabalho está pronto para fiscalizar e quem não cumprir vai sofrer a penalidade da lei. O governo prepara um serviço do tipo Disque Denúncia para atender ao tema e aplicar as multas devidas, que podem chegar até dez vezes a diferença do salário pago para a mulher. 

“A regulamentação ainda não está pronta. Vai ser feita o mais rápido possível, mas o importante é que é lei e é uma lei que já pegou”, analisou.

“Há mais de 10 anos que venho recebendo essa demanda por parte de mulheres trabalhadoras, do chão de fábrica, comerciárias, da iniciativa privada. Até porque, no serviço público, isso não acontece. Homens e mulheres, no serviço público, já têm igualdade salarial porque a Constituição assim determina”, finalizou.