Agressor invade escola na Suécia e fere ao menos quatro pessoas a tiros
cinco pessoas foram hospitalizadas, das quais quatro estão passando por cirurgia e uma está em estado grave
Foto: Imagem ilustrativa/Pexels
Um ataque a tiros em uma escola de Örebro, no centro da Suécia e a cerca de 200 km a oeste da capital, Estocolmo, deixou ao menos cinco pessoas feridas, número que possivelmente inclui o agressor, disseram autoridades locais nesta terça-feira (4).
Em uma entrevista coletiva horas após o ataque, que ocorreu às 12h30 locais (8h30 no Brasil), a polícia não quis dar detalhes a respeito do perfil ou da idade dos feridos, mas afirmou que o atirador é um homem e que ele pode também ter sido baleado, sem dar detalhes.
Ainda segundo a polícia, cinco pessoas foram hospitalizadas, das quais quatro estão passando por cirurgia e uma está em estado grave. O número ainda pode aumentar, segundo as autoridades.
Imagens do local mostram grande presença policial com ambulâncias e veículos de emergência. "Isso está sendo atualmente tratado como tentativa de homicídio, incêndio criminoso e crime agravado por uso de armas", afirmou a polícia, que recomendou distância da área.
Segundo a mídia sueca, o incidente ocorreu na Risbergska, uma escola que lida especialmente com educação de adultos, mas que divide seu campus com instituições que atendem crianças.
A polícia afirma que os estudantes foram mantidos dentro dos prédios, tanto no local onde os tiros foram disparados quanto nas escolas próximas.
A imprensa local relata ainda que as salas de emergência e as unidades de terapia intensiva dos hospitais da cidade precisaram se reorganizar para dar espaço aos feridos.
"A notícia de um ataque em Örebro é muito séria", disse o ministro da Justiça, Gunnar Strömmer, à emissora pública SVT, acrescentando que o governo estava em contato próximo com a polícia. "Após os terríveis relatos de tiros em uma escola em Örebro, meus pensamentos estão com os afetados, seus familiares e os policiais no local", afirmou a líder do partido Social-Democrata, Magdalena Andersson.
De acordo com a emissora, os disparos foram feitos com arma automática. Citando a polícia, o tabloide Expressen diz que não há agentes feridos, mas que houve troca de tiros com o agressor.
"Ouvi tiros, então me tranquei e estou aguardando notícias. Ativamos um alarme no aplicativo de segurança e estou me comunicando com meus colegas", afirmou Petter Kraftling, professor em uma das escolas, ao site do sindicato de professores sueco 'Vi larare'.
A Suécia tem enfrentado uma onda de tiroteios devido à presença de gangues, mas ataques em escolas são raros. Nos últimos anos, porém, alguns incidentes do tipo ocorreram em instituições de ensino.
Em março de 2022, por exemplo, um estudante de 18 anos esfaqueou e matou dois professores em uma escola secundária na cidade de Malmö, no sul. Dois meses antes, um jovem de 16 anos foi preso depois de ferir outro estudante e um professor com uma faca em uma escola na pequena cidade de Kristianstad.
Dez pessoas foram mortas em sete incidentes em escolas de 2010 a 2022, de acordo com o Conselho Nacional Sueco de Prevenção ao Crime. Um dos crimes mais notórios dessa natureza na última década ocorreu em 2015, quando um agressor mascarado de 21 anos, motivado por razões racistas, matou um assistente de ensino e um menino e feriu outras duas pessoas.