Após taxação contra os Estados Unidos, China anuncia que investigará Google
Investigação acontecerá por 'supostas violações das leis antimonopólio'
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Após anunciar tarifas adicionais de 15% sobre o cartão e gás natural liquefeito dos Estados Unidos e de 10% sobre o petróleo, a China divulgou que investigará a gigante tecnológica norte-americana Google, por supostas violações das leis antimonopólio.
"Diante das suspeitas de que o Google violou a lei antimonopólio da República Popular da China, a Administração Estatal de Regulação de Mercados iniciou uma investigação sobre a empresa, conforme previsto na lei", informou a agência em um comunicado.
Além do Google, a China também incluiu o grupo de moda norte-americano PVH (proprietário de marcas como Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e a gigante da biotecnologia Illumina em uma lista de "entidades não confiáveis".
Essa decisão "protegerá a soberania nacional, os interesses de segurança e desenvolvimento, de acordo com as leis pertinentes", afirmou o Ministério do Comércio, em comunicado.
As autoridades chinesas já haviam anunciado em setembro uma investigação contra a PVH por "boicotar sem justificativa" o algodão da região de Xinjiang, onde Pequim tem sido acusada de violações de direitos contra a minoria muçulmana uigur.
Tarifaço
As tarifas adicionais anunciadas por Pequim são respostas ao "tarifaço' imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano anunciou, no sábado (1), taxas adicionais de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e de 10% sobre as da China. No entanto, as medidas contra México e Canadá foram adiadas por um mês após negociação.
Em resposta, Pequim apresentou uma reclamação formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) "para defender seus legítimos direitos e interesses" diante da imposição de tarifas adicionais dos Estados Unidos sobre seus produtos.
"China apresentou uma reclamação contra as medidas tarifárias dos Estados Unidos sob o mecanismo de solução de disputas da OMC", indicou em comunicado o Ministério do Comércio de Pequim, que classificou as medidas de Washington como "de natureza maliciosa".