Agricultoras discutem caderneta agroecológica para contabilizar produção das mulheres
Discussão foi feita duranto I Encontro das Guardiãs da Agrobiodiversidade do Semiárido Baiano
Foto: Divulgação
Mais de 330 agricultoras familiares se reuniram na última quarta-feira (18), durante o I Encontro das Guardiãs da Agrobiodiversidade do Semiárido Baiano, em Senhor do Bonfim (BA), para discutir temas como caderneta agroecológica (contabilização da produção das mulheres), feminismos, empoderamento e autonomia.
O encontro que teve início na terça-feira (17), contou com eventos de troca de experiências sobre a sistematização das cadernetas agroecológicas, e foram divulgados dados expressivos da produção das mulheres na agricultura.
A contabilização da produção registrada pelas 351 mulheres que usam as cadernetas no projeto soma 404 tipos de produtos de origem animal, vegetal, beneficiados, medicinais e artesanato. A renda gerada por meio da venda, troca, consumo e doação do que é produzido por essas mulheres corresponde a mais de 173 mil reais, no período de agosto a outubro deste ano.
A agricultora Maria Silvani Gonçalves que mora na comunidade de Angico, no distrito de Pinhões, em Juazeiro diz que: “A caderneta deu visibilidade para aquilo que toda mulher sertaneja está acostumada a fazer, só que muitas mulheres dizem: ‘eu não faço nada, só tomo conta da casa, meu marido que trabalha’. Mas toda mulher gera alguma renda. Então, essa caderneta chegou para nós para dar visibilidade ao nosso trabalho”.