AGU inicia investigação a respeito de notícias falsas sobre a Ilha do Marajó
Ministro adverte sobre compartilhamento de imagens de crianças em situação vulnerável
Foto: Agência Brasil
O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciou no sábado (24), que o órgão está empenhado em investigar redes de desinformação que circulam sobre a Ilha do Marajó, no Pará. Messias destacou que a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) foi acionada para identificar e responsabilizar os disseminadores de notícias falsas, particularmente aquelas relacionadas a crianças na região. Além disso, o ministro alertou para a gravidade do compartilhamento de imagens de crianças em situações de exploração sexual, ressaltando que tal conduta é passível de punição conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em uma declaração nas redes sociais, Messias citou os artigos 17 e 18 do ECA, que garantem o direito à integridade física, psíquica e moral das crianças e adolescentes, incluindo a preservação da imagem e da identidade. Ele enfatizou a importância de respeitar esses direitos e evitar a propagação de conteúdos sensíveis.
A repercussão de denúncias de exploração sexual na Ilha do Marajó ganhou destaque nas redes sociais recentemente, após comentários da cantora Aymeê durante uma apresentação em um programa de competição musical. Desde então, imagens de crianças em situações de vulnerabilidade têm circulado online, acompanhadas de relatos sobre o aumento da violência contra menores na região.
Paralelamente, deputados da oposição articulam a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de exploração sexual infantil na ilha. Essa não é a primeira vez que o Congresso Nacional investiga esse tipo de crime na região. Em 2008, o Senado conduziu uma CPI da Pedofilia, que também abordou a exploração sexual de crianças entre o Marajó e Manaus.