AGU vai entrar com representação contra juiz que intitulou situação do país de "merdocracia"
Magistrado também criticou membros do governo Bolsonaro
Foto: Wesley Mcallister/AscomAGU
A Advocacia Geral da União (AGU), por meio do seu representante André Mendonça, se manifestou contra sentença proferida pelo juiz Jerônimo Azambuja Franco Neto, da 18ª Vara do Trabalho do TRT da 2ª Região. Ao julgar procedente a ação do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Paulo e condenar um restaurante à observância de cláusulas normativas sobre o piso salarial normal e seguro de vida, Neto disse que o país vive uma “merdocracia liberal neofascista”.
“O linguajar utilizado na sentença, característico de um militante partidário, não de um juiz, foge da técnica jurídica e claramente viola o Código de Ética da Magistratura. A AGU representará perante o Conselho Nacional de Justiça", destacou Mendonça.
Além desta menção, Neto cita alguns dos principais personagens do governo de Jair Bolsonaro. “O ser humano Weintraub no cargo de Ministro da Educação escreve "imprecionante". O ser humano Moro no cargo de Ministro da Justiça foi chamado de "juizeco fascista" e abominável pela neta do coronel Alexandrino. O ser humano Guedes no cargo de Ministro da Economia ameaça com AI-5 (perseguição, desaparecimentos, torturas, assassinatos) e disse que "gostaria de vender tudo". O ser humano Damares no cargo de Ministro da Família defende "abstinência sexual como política pública". O ser humano Bolsonaro no cargo de presidente da República é acusado de "incitação ao genocídio indígena" no Tribunal Penal Internacional”, pontua trecho da sentença. Confira a íntegra da decisão que será alvo de representação.