Política

Alessandro Vieira e Pacheco se desentendem durante votação da LDO

Senador acusa presidente do Senado de "corrupção" para se eleger ao cargo

Por Da Redação
Ás

Alessandro Vieira e Pacheco se desentendem durante votação da LDO

Foto: Agência Senado

Em sessão conjunta para votação do relatório da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), nesta segunda-feira (11), o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se desentenderam.

Durante discussões sobre o Orçamento Secreto  como são conhecidas as emendas RP-9, ou emendas de relator, Vieira afirmou que haveria um “desconforto, incomodo e constrangimento” dos parlamentares diante de notícias sobre um suposto áudio em que o relator da LDO, senador Marcos do Val (Podemos-ES), afirmaria ter recebido R$ 50 milhões para apoiar a candidatura de Pacheco à presidência da Casa.

“O que está se vendo é a prática do que se viu no Mensalão. Ou seja, distribuição de vantagens indevidas em troca de votas de apoio, que foi sentenciada como corrupção. Distribuição bilionária indevida por critérios politiqueios é, nada mais ou nada menos, corrupção. Lamento esse momento que temos que vivenciar em público, mas o Brasil precisa conhecer a verdade e chamar as coisas pelo nome”, afirmou Alessandro Vieira. Na fala, o senador ainda cita o ex-presidente da Casa, Davi Alcolumbre, e o acusa de envolvimento no caso.

Vieira ainda acusou Pacheco de mentir ao afirmar que todos os senadores receberam tratamento isonômico para a distribuição das emendas RP-9. “É mentira. Não há tratamento isonômico, o tratamento se dá por compadrio e favorecimento”, disse o senador, citando outras situações que envolvem o uso indevido de recursos, como os “Anões do Orçamento”. 

“Hoje, temos Gigantes do Orçamento. Temos R$ 3,7 bilhões de de sua autoria não identificada, mesmo com ordem do STF para que seja dada ordem, temos esse escândalo que continua corroendo a credibilidade da democracia, do Senado”, seguiu, ameaçando levar o caso ao Conselho de Ética e ao Supremo Tribunal Federal. “Não posso e vários colegas não podem ser tratados como sócio desse desastre. O que vivemos é um desastre”, concluiu.

Em sua defesa, Pacheco disse que a declaração teria sido dada no sentido de demonstrar que daria um tratamento equilibrado aos senadores.

“Creio que Vossa Excelência é testemunha disso, do meu trato isonômico, independente de alguém que tenha me apoiado ou não me apoiado”, disse. O presidente do Senado comentou ainda que o suposto áudio foi esclarecido por Do Val e que não haveria qualquer esquema de benefícios ou troca de votos por destinação de recursos.

“O que não se pode é criminalizar a atividade política como usualmente temos feito ou visto fazer no Brasil”, concluiu Pacheco.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário