Alexandre Moraes mantém prisão de Roberto Jefferson por "garantia da ordem pública"
Defesa tentou revogar medida ou mudar puniçao para o regime domiciliar
Foto: Reprodução/ Agencia Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da defesa de Roberto Jefferson de revogar a medida ou mudar para o regime domiciliar, e manteve a prisão preventiva do presidente afastado do PTB.
Segundo a defesa, uma decisão anterior, determinando o afastamento de Jefferson da função de presidente do PTB pelo prazo inicial de 180 dias, foi tomada com o objetivo de resguardar a ordem pública e evitar que ele atrapalhasse a investigação. Assim, não haveria mais a necessidade de mantê-lo preso preventivamente.
Em um trecho da decisão, Moraes diz que Jeferson deve continuar preso pois a medida é "necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal". Para isso, citou a mesma decisão mencionada pela defesa, na qual ele afastou Jefferson da presidência do PTB. "A decisão que determinou o afastamento do requerente da presidência da agremiação política demonstrou, exaustivamente, que a sua manutenção no exercício do respectivo cargo poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal, direta ou indiretamente por meio da destruição de provas e de intimidação a outros prestadores de serviço e/ou integrantes do PTB. Além disso, o afastamento serviu para cessar a utilização de dinheiro público na continuidade da prática de atividades ilícitas por Roberto Jefferso, a exemplo do que ocorreu mesmo após a sua custódia preventiva, como notoriamente noticiado", diz trecho da decisão tomada por Moraes.