Alexandre Moreira rebate acusações de 'infidelidade' partidária no PL
Ex-candidato a vereador chamou Kleber Rebouças Rangel de "petista infiltrado"
Foto: Divulgação
O ex-candidato a vereador e assessor parlamentar Alexandre Moreira, alvo de representação no Partido Liberal (PL), respondeu, nesta terça-feira (26), às acusações de 'infidelidade' partidária e o pedido de expulsão do partido feitas por Kleber Rebouças Rangel, conhecido como Comandante Rangel. Ele é acusado de financiar a rádio Brado, na capital baiana, que tem feito críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Ser citado em uma representação interna no PL por um petista infiltrado é, para mim, motivo de orgulho. Isso só demonstra que estou no caminho certo,” declarou Moreira, em referência a uma suposta reunião anterior de Rangel com o ex-governador petista Rui Costa.
Em nota, Moreira criticou a divulgação da denúncia à imprensa antes de sua notificação oficial. “Recebi a notificação do partido 20 dias depois de a imprensa noticiar o caso. É estranho que um assunto interno seja tratado dessa forma, o que deixa clara a intenção de tumultuar e acirrar os ânimos,” afirmou.
Sobre a representação, Moreira afirmou que a acusação é infundada e garantiu que já está apresentando sua defesa ao partido. “Tenho certeza de que essa notificação é natimorta, sem qualquer fundamento". Ele também sugeriu que o procedimento pode estar relacionado a disputas internas no PL, apontando que há interesse de outros membros no crescimento de sua carreira política.
“Alguns estão incomodados com nossas conquistas, especialmente aqueles que têm medo de que eu assuma um mandato na Câmara de Salvador após as eleições de 2026,” afirmou.
Confira a nota na íntegra:
O ex-candidato a vereador de Salvador pelo PL respondeu à representação apresentada pelo Comandante Rangel contra parlamentares e filiados da sigla. Rangel, que já foi flagrado em uma reunião na residência do ex-governador petista Rui Costa, acusa correligionários de desalinhamento político e ideológico.
“É motivo de orgulho ser representado por um petista infiltrado que, até outro dia, estava se reunindo às escondidas com um ex-governador do PT. Isso só demonstra que estou no caminho certo”, afirmou Moreira.
Ele também criticou a forma como o caso foi divulgado pela imprensa antes de os envolvidos serem formalmente notificados. “Recebi a notificação do partido 20 dias após a imprensa divulgar o fato. Ou seja, a informação foi vazada para a imprensa antes mesmo de eu ser oficialmente notificado. É, no mínimo, estranho que um assunto interno do partido seja tratado dessa forma. Fica clara a intenção de tumultuar e acirrar ainda mais os ânimos”, destacou.
Moreira não poupou críticas ao desempenho político de Rangel: “O cara é tão insignificante e está querendo aparecer que, em 2020, foi candidato a prefeito em um município e teve pouco mais de 500 votos.”
Quanto à notificação, Moreira demonstrou confiança: “Tenho certeza de que essa notificação é natimorta, sem qualquer fundamento. Já estou encaminhando meu posicionamento ao partido.”
Questionado sobre as motivações políticas do procedimento interno, Moreira foi direto: “Tem muita gente descontente com o nosso crescimento político, incluindo aqueles que estão de olho na minha suplência, sabendo que há grandes chances de eu assumir um mandato na Câmara de Salvador após as eleições de 2026. Para se ter uma ideia, teve gente do próprio partido que, nas eleições deste ano, usou seu advogado para fazer uma denúncia no sistema Pardal, mas nem competência para manter o anonimato tiveram. Focaram tanto na minha campanha, ao invés de correr atrás de votos, que foram massacrados nas urnas.”
Moreira ainda assegurou que, caso a intenção seja prejudicá-lo, ele não ficará em silêncio: “Se o objetivo final disso tudo é me derrubar, que tentem a sorte. A frase que certos correligionários baianos, que estão a cada dia dobrando a aposta, devem conhecer é a seguinte: quem tem teto de cristal não atira pedra no telhado dos outros.”