Allana depõe sobre caso Daniel e absolve mãe das acusações do crime

Allana Brittesm acusada de envolvimento no assassinato do jogador Daniel Correa, será a primeira suspeita do crime a ser interrogada na tarde desta quarta-feira (4) no Fórum de São José dos Pinhais (PR). Quando questionada pelo promotor responsável do caso e pelo assistente de acusação sobre a participação da mãe, Cristiana Brittes, no crime, ela negou.

Allana irá responder pelos crimes de fraude processual e coação de testemunha em liberdade. O interrogatório da suspeita não pode ser acompanhado pela imprensa. No relato à juíza, a ré informou que a mãe, Cristiana Brittes tentou conter as agressões que estavam sendo feitas contra Daniel a todo instante. Allana também colocou Eduardo Purkote no crime. O homem estava na casa dos Brittes no dia do assassinato, mas escapou de denúncia do Ministério Público. 

A suspeita ainda relatou o que aconteceu na manhã do dia do crime na casa da família durante um "after party", após a celebração do aniversário de 18 anos, em uma balada de Curitiba. Daniel foi espancado na casa e levado de carro para o local onde foi assassinado. Edison Brittes Júnior, pai de Allana admitiu a autoria do crime. 

Evellyn Perusso, "ficante" do jogador, responde o processo em liberdade. Ela já prestou falso testemunho, e terá que depor novamente. Em sequência, os réus que foram presos serão ouvidos, sendo que Cristiana terá que falar primeiro. O depoimento de Edison Brittes está prevista para encerrar a audiência.

Relembre o crime

Daniel chegou em Curitiba no dia 26 de novembro de 2018. Na noite daquele dia, foi à balada Shed, onde era realizado o aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Os dois já se conheciam desde 2017, época que o jogador ainda atuava pelo Coritiba. Após a festa, o jogador compareceu a casa e Allana, onde alguns convidados realizaram uma "after party". O meia foi para o local acompanhado por mais duas pessoas.

Em certo momento, as pessoas perderam Daniel de vista. Mais tarde, ele foi encontrado no quarto de Cristiana, mãe de Allana. De acordo com as investigações policiais, o pai, Edison Britter Junior, ficou furioso e agrediu Daniel até deixá-lo inconsciente e o colocou em um carro, logo após o levou até uma plantação de pinus em São José dos Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba.

O corpo de Daniel foi encontrado com a cabeça quase degolado, sem o pênis, e com alta quantidade de álcool no sangue. No dia do crime, os amigos encontraram o corpo do jogador no IML. Como somente parentes tem autorização para fazer o reconhecimento, no domingo (28), um parente fez o reconhecimento oficial. Com isso, o caso passou a ser apurado.