Alvo de ameaças, deputada do PSOL tem escolta restabelecida provisoriamente por Hugo Motta; entenda
A determinação ocorreu após reavaliação de Hugo Motta sobre determinação ocorrida na última segunda-feira (8)

Foto: Hugo Motta. Crédito: Câmara de Deputado | Talíria Petrone. Crédito:Câmara dos Deputados
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), líder do PSOL, teve a escolta restabelecida provisoriamente na noite de sábado (13) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A determinação ocorreu após o próprio presidente reavaliar a decisão anunciada na última segunda-feira (8).
Segundo nota divulgada à imprensa, a decisão tomada por Motta na segunda-feira ocorreu após forças de segurança e o Ministério Público do Rio de Janeiro apontarem a “insubsistência dos motivos que justificaram a concessão da proteção pessoal”.
“A escolta à deputada Talíria Petrone foi suspensa em decisão do dia 8 de dezembro, em virtude de parecer técnico do Departamento de Polícia Legislativa Federal, emitido em 4 de dezembro, após consulta à Polícia Civil e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, bem como à Polícia Federal, que constataram não haver mais ameaças recorrentes, nem riscos à integridade física da parlamentar”, declarou a nota.
Contudo, ainda de acordo com o comunicado, o pedido foi reconsiderado por Motta após a deputada fornecer novas informações. A decisão, porém, é provisória até que haja uma definição definitiva sobre o assunto.
Nas redes sociais, Talíria publicou um texto afirmando que foi “surpreendida” com a decisão tomada por Motta na segunda-feira e que tentou entrar em contato com o presidente da Casa diversas vezes desde a determinação. Ela também esclareceu que foi informada pessoalmente por Motta sobre o restabelecimento da escolta. [Ver a imagem no final do texto]
No período em que teve a escolta suspensa, a deputada contratou, com recursos próprios, uma escolta privada.
Possível retaliação
Talíria Petrone afirmou que a decisão de Hugo Motta soou como uma retaliação política. Além de ser contrária às pautas defendidas pelo presidente da Câmara, ela teve a escolta suspensa no dia seguinte a um discurso crítico realizado no plenário.
A deputada, que conta com escolta há sete anos, afirmou ainda que a decisão foi contraditória.
“Ao mesmo tempo em que dizem que meu comportamento representa risco, afirmam que não há mais necessidade de escolta”, afirmou.
As ameaças contra a líder do PSOL ocorrem desde 2020, quando denúncias indicavam que grupos milicianos planejavam sua execução. Na época, ela precisou deixar o Rio de Janeiro com os dois filhos.


