Amazônia tem maior número de incêndios desde 2010, afirma levantamento
Ao total, foram 38.266 focos de queimadas em agosto, um aumento de 120%
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Agosto chega ao fim com o pior índice de queimadas desde 2010, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao total, foram 38.266 focos de queimadas em agosto. O maior número já registrado foi de 45 mil focos em 2010. O acompanhamento pelo instituto é realizado desde junho de 1998.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, foram registrados 17.373 focos de incêndio na Amazônia, o que representa um aumento de 120%. Até o momento, 2024 já apresentou um aumento de 104% em comparação com 2023. A área queimada equivale a 49,19 quilômetros quadrados, maior do que o estado do Rio de Janeiro.
Dessa área queimada, o Pantanal é o bioma com maior aumento de focos de incêndios. Em todo o ano de 2023 até setembro,
Houve 408 focos. No mesmo período deste ano, foram registrados um crescimento de 2.148%, totalizando 9.175.
Setembro também começou com dados preocupantes. Apenas no primeiro dia do mês foram registrados 2.478 focos. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 17 estados vivem a pior seca em 44 anos. Setembro costuma ser o mês com maior número de queimadas. No entanto, o Brasil vive um aumento de temperatura histórico neste mês, segundo o Climatempo. A seca está relacionada à atuação do El Niño que resultou na diminuição dos índices de chuva.
"Os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia”, reforçou o Ministério do Meio Ambiente no boletim de combate ao fogo.