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Amazônia tem recorde de desmatamento no 1º semestre de 2022

Resultado é 80% maior que a área desmatada no mesmo período de 2018

Por Da Redação
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Amazônia tem recorde de desmatamento no 1º semestre de 2022

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O desmatamento na Amazônia registrou recorde no primeiro semestre de 2022, com um acumulado de 3.988 km². O resultado ultrapassou a derrubada do primeiro semestre de todos os anos da série, que começou em 2016, e é 80% maior que a média de área desmatada no mesmo período em 2018. A análise foi feita por pesquisadoras no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônica (IPAM) com base nos dados do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (8). 

Para o mês de junho, foram 1.120 km² de floresta desmatados, área 5,5% maior que a derrubada em junho de 2021 (1.061 km²) e 7,4% maior que a de junho de 2020 (1.043 km²), o que indica não haver retração no desmatamento no bioma. A diferença é expressiva em relação a junho de 2018: desmatamento 129% menor que o ocorrido em 2022, com 488 km² derrubados à época. A média de área desmatada nos meses de junho de 2016 a 2018 foi de 683 km² ao ano, enquanto a média desmatada em junho de 2019 a 2022 foi de 1.040 km² ao ano.

Mais da metade (51,6%) do desmatamento na Amazônia no primeiro semestre de 2022 se deu em terras públicas. Florestas públicas não destinadas foram a categoria fundiária com mais alertas de desmatamento no período (33,2%), com 1.315 km² derrubados, seguidas pelo desmatamento em propriedades rurais (28,3%), com 1.120 km².

Considerando o ano eleitoral, a instituição sugere que planos de governo passem a priorizar a conservação e publicou, na quinta-feira (7), no âmbito do projeto “Amazoniar”, um documento que reúne informações-chave sobre o contexto da Amazônia e que aborda os possíveis cenários para o futuro da floresta e da geopolítica brasileira depois do pleito. 

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