Americanos admitem ter ajudado Carlos Ghosn a fugir do Japão
Pai e filho podem ser condenados a até pelo menos três anos de prisão
Foto: Reprodução/Getty Images
Os americanos Michael e Peter Taylor, pai e filho, admitiram nesta segunda-feira (14), pela primeira vez, que esconderam o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault-Nissan, em uma caixa de som para ajudá-lo a fugir do Japão para o Líbano.
Com as afirmações feitas em julgamento, pai e filho podem ser condenados a até três anos de prisão. Eles foram detidos pela Justiça dos Estados Unidos em maio de 2020, com base na ordem de prisão da promotoria de Tóquio, e extraditados dos EUA para o Japão em março deste ano.
Michael, de 60 anos, e Peter, de 28, chegaram a recorrer a decisão na Suprema Corte americana para evitar a extradição, alegando que poderiam enfrentar situações de tortura.
Carlos Ghosn estava em liberdade condicional e aguardava o julgamento quando escapou das autoridades japonesas e embarcou em um avião para o Líbano dentro de uma caixa de instrumento musical.
No entanto, ele nega as acusações e afirma que fugiu para se livrar da perseguição da Justiça japonesa. Ele segue preso no Líbano desde dezembro de 2019.