Anderson Torres depõe hoje sobre suposta interferência na PRF durante eleições de 2022
Ex-ministro da Justiça será ouvido na condição de declaração, e não como investigado
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A Polícia Federal deve ouvir nesta segunda-feira (24) o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos criminosos de 8 de janeiro, em Brasília. Ele será ouvido na condição de declaração, e não como investigado.
Torres também deve depor em um inquérito sobre uma viagem que fez às vésperas do segundo turno da eleição presidencial de 2022 e o suposto pedido que fez à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que os agentes interferissem no fluxo dos eleitores.
Na ocasião, Torres teria pedido pessoalmente à superintendência da PF da Bahia que atuasse em conjunto com a PRF para atrapalhar a chegada de eleitores do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação.
"A oitiva de Anderson Torres, na condição de declarante, não objetiva mitigar a natureza voluntária da opção do indivíduo em prestar informações ou não em seu interrogatório, ou mesmo de colaborar de outras maneiras na produção probatória", diz o despacho da última quinta (20), feita pelo requerente ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).