Animais vendidos em mercado de Wuhan causaram pandemia de Covid-19, afirmam novos estudos
Os relatórios foram publicados nesta terça-feira (26) na revista Science
Foto: Pexels/CDC
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, em junho deste ano, que os cientistas continuassem avaliando todas as possíveis origens da pandemia de Covid-19, incluindo a teoria de um vazamento de laboratório.
Diante disso, dois estudos recém-publicados, com abordagens totalmente diferentes, chegaram a conclusão de que o mercado de frutos do mar de Huanan em Wuhan, na China, foi provavelmente o epicentro do novo coronavírus.
Os levantamentos foram divulgados on-line como pré-prints em fevereiro, mas após passarem por revisões por pares, foram publicados oficialmente nesta terça-feira (26) na revista Science.
De acordo com um dos relatórios, cientistas de todo o mundo utilizaram ferramentas de mapeamento e documentos de mídia social para realizar uma análise espacial e ambiental. Para eles, embora as “circunstâncias exatas permaneçam obscuras”, o vírus estava presente em animais vivos vendidos no mercado no final de 2019.
Esses animais foram mantidos próximos e poderiam ter trocado germes entre si. O estudo, no entanto, não descreve quais as espécies poderiam estar doentes.
Segundo os pesquisadores, os primeiros casos de Covid-19 estavam entre os trabalhadores que vendiam esses animais vivos ou pessoas que faziam compras neste mercado. Eles ainda afirmam que havia dois vírus separados circulando nos animais que se espalharam para as pessoas.
“Todos os oito casos de Covid-19 detectados antes de 20 de dezembro eram do lado oeste do mercado, onde também eram vendidas espécies de mamíferos”, aponta o estudo.