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8 de janeiro completa um ano: relembre fatos marcantes

Exonerações, CPIs e diversas operações ocorreram após a data

Por Da Redação
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8 de janeiro completa um ano: relembre fatos marcantes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Há um ano, o Brasil via de perto os ataques que depredaram as sedes dos Três Poderes e que deixaram um rastro de destruição. Na ocasião, vândalos picharam paredes, quebraram vidros, danificaram obras de arte e furtaram objetos de exposição. Os prejuízos causados pelos ataques passam dos R$ 22 milhões, de acordo com o governo federal. 

As ações de resposta aos ataques começaram no mesmo dia, com o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sob determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes. 

Desde então, 66 das mais de duas mil pessoas inicialmente seguem presas. Dessas, 8 já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 33 são rés e 25 seguem presas a pedido da Procuradora-Geral da República (PGR).

De lá para cá, ocorreram exonerações, CPIs e diversas operações. Relembre os principais fatos desde os atos de 2023 nesta seleção especial do Farol da Bahia.

Afastamento e exoneração

Poucos antes de ser afastado, Ibaneis exonerou o então secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro, Anderson Torres. Na época, Torres estava nos Estados Unidos. Ele teve a sua prisão decretada por Moraes dois dias depois, no dia 10.

Comissões Parlamentares de Inquérito

Duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) foram criadas para investigar os acontecimentos: uma no Congresso Nacional e outra na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A CPI na CLDF foi iniciada ainda em janeiro pelos deputados distritais, e 31 pessoas prestaram depoimento, incluindo autoridades da Segurança Pública, da Polícia Militar do DF, do Exército e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).

O relatório final foi aprovado no mês de novembro, com a sugestão de indiciamento de 135 pessoas. O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI de Lula, foi o único nome retirado da versão.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso foi estabelecida em maio, com a participação de senadores e deputados federais. Após a coleta de 21 depoimentos, o relatório final foi aprovado em outubro, propondo o indiciamento de 61 pessoas. O ex-presidente Bolsonaro foi um dos nomes listados, juntamente com oito generais, incluindo quatro ex-ministros do governo.

Cúpula da PM presa

Em agosto, a Polícia Federal conduziu uma operação que resultou na prisão da liderança da Polícia Militar do Distrito Federal sob suspeita de omissão em relação aos acontecimentos. O comandante-geral da PM, o ex-comandante-geral, três coronéis, um major e um tenente foram detidos como alvo da operação.

Primeiros condenados

Os primeiros julgamentos de ações penais de réus ocorreram em setembro. Na ocasião, quatro pessoas responderam pela prática de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado. Eles foram condenados a penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.

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