Antigos aliados querem ação contra Geraldo Junior por derrubada de sessões na Câmara
A última sessão ordinária da CMS ocorreu no dia 23 de março
Foto: Valdemiro Lopes / Câmara Municipal
Após suspender as sessões da Câmara Municipal de Salvador (CMS) por quase 30 dias, o presidente da Casa, o vereador Geraldo Junior (MDB) deve ser alvo de uma ação de seus antigos aliados, segundo fontes do Farol da Bahia.
A última sessão ordinária da CMS ocorreu no dia 23 de março. No dia 29, uma sessão extraordinária foi convocada por Geraldo, antecipou a eleição do biênio 2023-2024 e consagrou o mdebista presidente pelo terceiro mandato. No dia 30, Geraldo Junior foi escolhido para ocupar o lugar de vice na chapa petista que vai concorrer contra ACM Neto ao Governo da Bahia.
Desde então, à Câmara Municipal segue sem convocação da presidência para realização de sessão. Liberado por deliberação própria, Geraldo aproveitou o tempo para cumprir agenda de candidato, sem precisar se afastar do posto de presidente da Casa. A justificativa do presidente era que o plenário passava por manutenção elétrica. Durante a pandemia da Covid-19, no entanto, a CMS passou a realizar as sessões de forma remota. O mesmo não foi proposto pelo emedebista durante a manutenção.
Agora, os antigos amigos querem provar que Geraldo tem promovido a suspensão das sessões em benefício próprio.
O presidente da Câmara já responde à três ações judiciais pela reeleição antecipada para o terceiro mandato consecutivo como presidente da Câmara Municipal de Salvador. Duas tramitam na 5ª Vara da Fazenda Pública, movidas pelo vereador Cláudio Tinoco e pelo Movimento Brasil Livre (MBL). A terceira, elaborada pelos advogados do União Brasil, corre no Supremo Tribunal Federal (STF) e está a cargo do ministro Kassio Nunes Marques.