Anvisa: um em cada quatro alimentos de origem vegetal tem resíduos de agrotóxicos proibidos
Ao todo, agência analisou 1.772 amostras de 13 alimentos
Foto: Divulgação/SES
Os dados de 2022 do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revelam que um em cada quatro alimentos de origem vegetal no Brasil possui resíduos de agrotóxicos proibidos ou em quantidades acima dos limites permitidos. O relatório, divulgado nesta quarta-feira (06), abrange os anos de 2018, 2019 e 2022, sendo importante destacar que a coleta foi suspensa em 2020 e 2021 devido à pandemia.
O Para, criado em 2001, visa avaliar a presença de elementos químicos em produtos essenciais na dieta brasileira, orientando a fiscalização e possibilitando medidas para proteger o consumidor. As amostras do ciclo 2022 foram coletadas em supermercados em diversas regiões do país, abrangendo 79 municípios.
No total, 1.772 amostras de 13 alimentos de origem vegetal, como amendoim, batata, brócolis, café em pó, laranja, feijão, farinha de mandioca, maracujá, morango, pimentão, quiabo, repolho e farinha de trigo, foram analisadas.
Confira abaixo os resultados:
-41,1% das amostras não continham resíduos
-33,9% das amostras com resíduos dentro do limite permitido
-25% das amostras mostraram inconformidades, indicando a presença de agrotóxicos não autorizados ou resíduos acima dos limites permitidos
-0,17% das amostras, equivalente a 3, apresentaram risco agudo
A Anvisa também divulgou dados de 2018 e 2019. No período, foram analisadas 3.296 amostras de 14 alimentos de origem vegetal: abobrinha, aveia, banana, cebola, couve, laranja, maçã, mamão, milho, pepino, pêra, soja, trigo e uvas. As amostras foram coletadas em estabelecimentos em 84 municípios.
Confira abaixo os resultados:
-33,2% das amostras não tinham resíduos
-41,2% das amostras com resíduos dentro do limite permitido
-25,6% das amostras com inconformidade, que pode ser a presença de um agrotóxico não -autorizado ou com resíduos acima do limite permitido
-0,55%, equivalente a 18 amostras, apresentaram risco agudo