Ao menos cinco ministros do STF já trabalham em casos de vendas de emendas parlamentares
Casos estão tramitando com os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Carmem Lúcia e Nunes Marques
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Ao menos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão trabalhando em casos relacionados as suspeitas de vendas de emendas parlamentares em gabinetes da Câmara e do Senado em Brasília.
Segundo o G1, existem casos em tramitação com os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Carmem Lúcia e Nunes Marques. Todos os casos abrangem parlamentares, direta ou indiretamente.
O ministro Nunes Marques está cuidando do caso do "Rei do Lixo", considerado o mais importante. O caso tem como centro o empresário José Marcos Moura, investigado pela Operação Overclean e apontado como líder de um esquema de desvio de dinheiro público advindos de emendas parlamentares.
O atual desafio dos investigadores da PF é conseguir provas robustas o suficiente para desassociar casos em que os envolvidos são apenas servidores dos gabinetes dos que os envolvidos são parlamentares.
A regra é que a simples menção a uma pessoa com foro de prerrogativa de função, como deputados e senadores, já possibilita o envio do caso ao STF. Por isso, os ministros afirmam que existem ao menos 20 apurações em tramitação.
Quase todos os casos estão sob sigilo. O caso mais avançado analisa a denúncia contra três deputados do PL suspeitos de atuar diretamente na organização do desvio de ao menos R$ 6 milhões de emendas do Orçamento Secreto.
A Primeira Turma do STF se reunirá no final de fevereiro para decidir se os envolvidos se tornarão réus. Um dos deputados investigados é alvo de outra investigação envolvendo a mesma prática: desvio de dinheiro do orçamento secreto.