Apenas 3% da cocaína que escoa pela Rota Solimões é apreendida

A estimativa é feita por especialistas em segurança pública

Por Da Redação
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Apenas 3% da cocaína que escoa pela Rota Solimões é apreendida

Foto: Porto de Tabatinga no Alto do Solimões. Créditos: Amazônia Real/Wikimedia Commons

A Rota Solimões, na Amazônia, é local de escoamento de cocaína da Colômbia e do Peru para o território nacional, mas são apreendidas apenas 2% a 3% do que é transportado. Segundo o repórter Wiliam Cardosos do Metrópoles, a estimativa é feita por especialistas em segurança pública que utilizam como base imagens de satélites das áreas de plantio da droga nos países vizinhos.  A região tem hegemonia do Comando Vermelho (CV).

A cocaína  é transportada em pequenas embarcações, que encontram facilidade de escoar o produto devido a falta de patrulhamento nos rios da região do Alto do Solimões.

A região que tem cerca de 96 mil quilômetros quadrados, não conta com a presença de Forças Armadas, aduana ou qualquer órgão de Fiscalização, em diversos trechos, o que facilita a ação dos criminosos nos rios e igarapés.  

A droga é escoltada até pontos de distribuição para a Europa. O processo é feito por seguranças que recebem o chamado “imposto”, uma espécie de pedágio para transportar a mercadoria em determinado trecho do rio. Para baratear o transporte, traficantes chegam a fazer consórcio, indicando as drogas com seu símbolos.

Um dos grandes desafios para a realização de fiscalização na região é a proporção territorial do local. O Brasil tem cerca de 1.430 km de fronteira com o Peru e mais 1.644km com a Colômbia. Em alguns casos, casas da região tem a frente para um país e o fundo para outro, o facilita a fuga dos bandidos.

Outro desafio é que, no período de seca dos rios, a droga acaba sendo transportada através de aviões e helicópteros que voam abaixo dos radares. A estratégia costuma ser utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).  

Um dos grandes impactos da ação criminosa é número de homicídios. De acordo com o secretário da Segurança Pública do Amazonas, Marcos Vinícius Oliveira de Almeida, 80% dos homicídios em Manaus têm relação com o tráfico.

Como forma de contornar a situação, lanchas blindadas e embarcações denominadas de “Arpão”, tem sido instalados em pontos estratégicos do Rio.

 

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