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Apenas 3% do lixo seco gerado no Brasil é reciclado, diz Abrelpe

A região Sul registra o maior percentual de municípios com iniciativa de coleta seletiva, com 91,2%

Por Da Redação
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Apenas 3% do lixo seco gerado no Brasil é reciclado, diz Abrelpe

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Somente 3% do lixo seco gerado no Brasil é reciclado. Segundo Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o número parece baixo, mas é considerável quando analisado o volume de lixo do país.

“Desse total que é gerado, pouco mais de 33% são materiais recicláveis secos. Então nós temos algo entorno de 27 milhões de toneladas por ano desses materiais recicláveis sendo gerados, diz o levantamento.

"Para que esses materiais descartados e resíduos recicláveis possam ser reaproveitados, nós precisamos de todo um processo de logística, separação e aproveitamento de forma a transformar esse resíduo em um recurso. Atualmente, o percentual de aproveitamento gira no entorno de 3%. Que se formos analisar, no todo o resíduo gerado no Brasil, dá mais de 2 milhões de toneladas por ano. É um volume bastante considerável que já está sendo aproveitado” destaca Carlos Silva.

Como afirma o relatório, esse número pode aumentar com o desenvolvimento de uma estrutura necessária para reciclagem e coleta.

Dados da Abrelpe revelam que 1 em cada 4 cidades brasileiras ainda não realizam processos de coleta seletiva. O levantamento também destaca que 74,4% dos municípios brasileiros conta com o método, mas de forma inicial, processo que sobrecarrega o sistema de destinação final.

Quase um terço dos resíduos gerados no Brasil são materiais recicláveis secos, somando 28 milhões de toneladas por ano. No topo, está o plástico, que totaliza 13,8 milhões de toneladas, seguido de papel e papelão, com mais de 8,5 milhões de toneladas. Vidros, metais e embalagens multicamadas somam 5,2 toneladas anuais.

“Se nós não tivemos um sistema de coleta seletiva, não adianta separar dentro de casa que esse material não vai chegar onde precisa. E se a indústria não estiver capacitada, habilitada e estruturada para receber o material, ele acaba se perdendo no meio do caminho”, explicou o diretor-presidente da Abrelpe.

A região Sul registra o maior percentual de municípios com iniciativa de coleta seletiva, com 91,2%. Logo depois, aparece o Sudeste com 90,6% e Norte com 65,3. As regiões Centro-Oeste e Nordeste estão abaixo de 50%, com 49,5% e 43,3%, respectivamente.

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