Apenas 30% das pessoas com mais de 60 anos se consideram velhas, diz estudo
Pesquisa aponta que diversidade e inclusão social ainda não dão espaço às faixas etárias mais avançadas
Foto: Pixabay
Apenas cerca de 30% das pessoas com mais de 60 anos se consideram velhas. A fim de desmistificar questões sociais ligadas a longevidade no Brasil, um estudo apontou perspectivas e olhares do público idoso das diferentes etnias, regiões e classes econômicas do país.
Os dados são da pesquisa Revolução da Longevidade, da AlmapBBDO em parceria com a Qualibest e o Instituto Favela Diz, com dados quantitativos e qualitativos a respeito de um preconceito crônico: o etarismo, também conhecido como discriminação por idade, que hoje atinge mais de 30 milhões de brasileiros.
Segundo o estudo, boa parte da mudança dos idosos não se considerarem pessoas velhas é reflexo de mudanças como: rugas, problemas de saúde, falta de disposição, distanciamento das novas gerações, círculos sociais menores e quase inexistente identificação com marcas no geral - com destaque para as referências dentro de moda e beleza.
Com uma amostra de 1.355 entrevistas, o estudo mostrou que a diversidade e inclusão social ainda não dão espaço às faixas etárias mais avançadas, principalmente aqueles que transparecem a imagem estereotipada de ‘velho’.
No caso das mulheres, a questão ainda é mais problemática: a sociedade acredita que elas têm um envelhecimento precoce em comparação com os homens e, por isso, tendem a aderir a mais práticas ou tratamentos estéticos.