Apenas 50,3% do volume de esgoto é efetivamente tratado no Brasil, diz MDR
Documento do governo, divulgado nesta terça, também avaliou abastecimento de água
Foto: Reprodução/TV Brasil
Os Diagnósticos Temáticos sobre a Prestação dos Serviços de Saneamento Básico no Brasil, apresentados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) nesta terça-feira (13), mostram que apenas 50,3% do volume de esgoto é efetivamente tratado no país.
De acordo com o documento, que tem como base o Sistema Nacional de Saneamento (SNIS), apesar da média baixa, nas cidades a abrangência da coleta de dados referentes ao esgotamento sanitário cresceu. No ano passado, o atendimento por redes de esgotos alcançou um total de 114,8 milhões de habitantes de cidades, um incremento de 2,4 milhões de novos habitantes atendidos, ou seja, 2,1% em comparação com 2020.
A abrangência da coleta de dados referentes ao esgotamento sanitário correspondeu a 4.774 municípios (85,7% do total de municípios brasileiros), com a representação de população urbana de 174,9 milhões de habitantes. Em relação ao abastecimento de água, 84,2% da população total do país têm acesso à rede tratada. Quando o recorte é feito na área urbana, 167,5 milhões de habitantes (93,5% da população urbana do país) possuem acesso aos serviços.
Limpeza
Neste ano, o SNIS apresenta, de forma inédita, as análises sobre a situação de destinação final de resíduos sólidos urbanos dos municípios brasileiros. “Foram identificados 2.318 municípios que declararam enviar parte ou a totalidade dos resíduos sólidos urbanos para unidades de disposição final inadequada (lixões ou aterros controlados), sejam eles localizados no território do município declarante ou em unidade compartilhada localizada em outro município”.
Sobre resíduos sólidos, foram reunidas informações de 4,9 mil municípios (88% do total de municípios brasileiros), com representação de 203,7 milhões de habitantes (95,5% da população total) e 175,4 milhões de habitantes das áreas urbanas do país (97% da população urbana).
A cobertura de coleta domiciliar atendeu 98,3% da população urbana, com recolhimento estimado em 65,63 milhões de toneladas (equivalente a 0,99 kg por habitante/dia) de resíduos domiciliares e públicos, dos quais 1,75 milhão são coletados seletivamente.