Política

Apesar de assinar PEC da reeleição, Alan Sanches afirma que não concorda

Para líder da oposição na Alba, disputar a eleição com um presidente é 'desumano'

Por Ane Catarine Lima
Ás

Apesar de assinar PEC da reeleição, Alan Sanches afirma que não concorda

Foto: Divulgação

Embora tenha seguido os aliados e assinado favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabiliza a reeleição do atual presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), o líder da oposição na Casa, deputado Alan Sanches (União Brasil), afirmou que, pessoalmente, tem uma opinião diferente sobre o texto. Para ele, é "desumano" um parlamentar disputar com o presidente.

"Eu sou contra o instituto da reeleição, assinei  porque segui o meu grupo. Disputar com o presidente é desumano. Há um desequilíbrio gigante nisso, não tem como. Ou você junta as forças políticas todas do Estado para derrubar o presidente, ou então não vai, porque o presidente, independente de quem está na cadeira, tem a caneta cheia de tinta", disse Sanches na terça-feira (19), durante coletiva de imprensa.

"Ele [o presidente] conversa com você, dá um espaço, abre uma estrutura, você sempre vai precisar da Assembleia para fazer algum movimento político, então se você não tiver uma boa relação, você acaba não conseguindo nem o espaço para fazer uma reunião dessa. Se ele quiser, ele bloqueia, porque a casa é presidencialista, por mais que tenha uma mesa diretora. Por isso, eu acho que há um desequilíbrio gigante", completou.

O deputado deixou claro que não tem nenhuma desavença com Adolfo, o chamando de cordial e respeitoso. Ao falar sobre a colega de legenda do presidente, a deputada Ivana Bastos (PSD), que já demonstrou sucessivas vezes vontade de ocupar a cadeira da presidência na Alba, Alan descartou que questões de gênero inviabilizassem a candidatura dela. No entanto, o deputado afirmou que Ivana precisa se movimentar.

“A Casa não tem dificuldade de ser comandada por uma mulher. Tem mulher mais retada do que homem aqui, tenha certeza. Para estar sentado na cadeira de presidente, vai independer do sexo. É a postura política que cada um vai desempenhar e o que ela ou ele consiga agregar. Aqui, nunca vi essa distinção”, concluiu. 

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